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sábado, 12 de setembro de 2020

Atrizes que interpretaram Mata Hari, a espiã mais famosa do século

 

'Cortesã? Sim. Traidora, jamais!'. Segundo a lenda, esta foi a frase proferida por Mata Hari durante seu julgamento por espionagem na França. Nascida Margaretha Geertruida Zelle em 7 de agosto de 1876, a jovem holandesa casou-se aos 19 anos com um homem alcoólatra com o dobro de sua idade. Após brigas, infidelidades e agressões, a união ruiu definitivamente após a perda do filho mais velho do casal. Sem dinheiro e com sua filha caçula sob a tutela do ex-marido, parte para Paris com o intuito de tentar uma nova vida. Em 1905, inicia sua carreira de dançarina exótica e cortesã, utilizando elementos da cultura oriental em seus shows, adquiridos durante a temporada que passou em Java durante seu matrimônio. Com o nome 'Mata Hari', que significa 'olho do dia', ela construiu um mito sobre sua origem, aproveitando-se de suas características físicas pouco comuns na Europa, que lhe conferiam um ar sedutor e misterioso. Com a chegada da Primeira Guerra Mundial e com a diminuição do público de suas apresentações, acabou aceitando uma quantia em dinheiro para ser uma espiã alemã, com o codinome H-21. Segundo os historiadores, as informações passadas por ela aos alemães eram sem importância ou já expostas em jornais da época. Seu envolvimento com espiã para a França veio após apaixonar-se pelo jovem oficial russo Vadim Maslov. Com o amado ferido em combate, ela concordou em ser recrutada pelos franceses para conseguir a permissão para visita-lo. Em 1917, foi presa em seu quarto de hotel por oficiais franceses sob a acusação de alta traição e de ser uma agente dupla. Seu julgamento foi bastante controverso e, baseado em provas circunstanciais, ela foi condenada à morte, sendo fuzilada em 15 de outubro de 1917, aos 41 anos. Embora, nos dias de hoje, seja quase um consenso que Mata Hari foi utilizada como bode expiatório pelo governo francês, sua imagem de mulher fatal e sua fama como espiã ficaram entranhadas na cultura popular, com inúmeras referências e inspirações. Confira abaixo alguns dos filmes mais famosos sobre sua vida:

Biografias

Magda Sonja em 'Mata Hari' (Mata Hari, die rote Tänzerin, 1927)


Considerado o primeiro longa-metragem sobre Mata Hari, o filme alemão foi lançado ainda na era do cinema mudo, estrelado por Magda Sonja no papel principal.

Greta Garbo em 'Mata Hari' (1931)


Em seu maior sucesso comercial, Greta Garbo interpreta a dançarina nessa versão levemente baseada em sua vida, embora a maior parte do enredo seja ficcional. Como era de praxe, o Código Hays censurou muitas cenas do filme em uma reedição em 1936, como a da protagonista dançando com a estátua de Shiva e insinuações sexuais mais óbvias entre a protagonista e seu par romântico, vivido por Ramon Navarro


Jeanne Moreau em 'Mata Hari - A Agente 21' (Mata Hari, Agent H21, 1964)

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Seguindo a linha dos longas anteriores, o filme franco-italiano protagonizado por Jeanne Moreau também conta de maneira romanceada a vida da dançarina exótica, retratando-a como uma espiã que acaba se apaixonando por sua 'vítima'.


Cosetta Greco em 'Dossier Mata Hari' (1967)


Minissérie italiana em quatro episódios, com foco para seu interrogatório e julgamento.


Gracita Morales e Carmen de Lirio em 'Operación Mata Hari' (1968)


Comédia espanhola onde Mata Hari consegue fugir com a ajuda de sua empregada Guillermina, que precisa se passar por ela para encontrar com o chefe da contra-espionagem alemã.


Josine van Dalsum na minissérie 'Mata Hari' (1981)

Série em 4 episódios que narra, através de flashbacks, a vida de Mata Hari desde a infância até seu derradeiro destino.


Sylvia Kristel em 'Mata Hari' (1985)


Filme erótico e repleto de cenas de nudez, traz Mata Hari envolvida em um triângulo amoroso fictício, tornando-se uma espiã para tentar ajudar a França, acabando por ser condenada pelas autoridades que sabiam de sua inocência.

Maruschka Detmers em 'Mata Hari - A Verdadeira História' (Mata Hari, la vraie histoire, 2003)


Longa francês, com enfoque na prisão e no julgamento da dançarina.

Vahina Giocante em 'Mata Hari' (2016 - 2017)


A série biográfica produzida na Rússia é composta por 12 episódios sobre a vida de Mata Hari.

Natalia Wörner em 'Mata Hari: Tanz mit dem Tod'/ 'Mata Hari und Mademoiselle Docteur' (2017)


Nesta versão alemã, vemos Mata Hari como uma dançarina em decadência que começa a ser treinada pela Dr. Elisabeth Schragmüller como espiã.

Anlezia Moné em 'Mata Hari' (2017)


Curta-metragem ficcional baseado na vida da dançarina, produzido na África do Sul.

Inspirações e Menções

Marlene Dietrich em 'Desonrada' (Dishonored, 1931)


Embora não seja uma biografia, o longa traz um enredo claramente inspirado na história de Mata Hari, tendo como protagonista Marlene Dietrich na pele de Marie Kolverer, uma prostituta que ganha o  codinome X27 ao tornar-se uma espiã. Ela se apaixona por um oficial russo mas logo se vê acusada de traição e condenada à morte.

Françoise Fabian em 'La caméra explore le temps' (1957–1966)


O episódio foi ao ar em 14 de janeiro de 1964, na série francesa que recontava grandes acontecimentos da humanidade.

Domiziana Giordano em 'O Jovem Indiana Jones' (The Young Indiana Jones Chronicles, 1992 - 1993)


A dançarina foi personagem da série sobre a juventude de Indiana Jones no episódio intitulado 'Paris, October 1916' (1993), onde o futuro arqueólogo perde sua virgindade com Mata Hari.

Zsa Zsa Gabor em 'Up the Front' (1972)


A atriz faz apenas uma rápida aparição como Mata Hari no longa sobre um rapaz covarde que é hipnotizado adquirir bravura e ajudar a vencer a Primeira Guerra.

Doris Day em 'A Espiã de Calcinha de Renda' (The Glass Bottom Boat, 1967)


Doris Day aparece vestida coo Mata Hari em uma das cenas da comédia romântica, mas tudo não passa da imaginação de um dos personagens.

Joanna Pettet em 'Cassino Royale' (1967)


A comédia britânica que parodia os filmes de 007, revela a existência de uma filha dos dois espiões mais famosos do mundo: Mata Hari e James Bond. A bela Mata Bond mostra que herdou da mãe a sensualidade e o dom para dança.
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sexta-feira, 21 de abril de 2017

5 filmes sobre Tiradentes

Há tempos quero introduzir no blog conteúdo sobre cinema nacional, mas acabo sempre enrolando e fazendo outras matérias. Essa é a primeira postagem falando apenas sobre filmes brasileiros, mas espero em breve fazer muitas outras. Aproveito para deixar um convite para sugestões de vocês, tanto nos comentários quanto por e-mail.

Para começar com o pé direito, escolhi fazer uma pequena lista com longas que falam sobre uma das figuras históricas mais importantes do Brasil, Tiradentes, considerado o mártir da Inconfidência Mineira, executado em 21 de abril de 1792.

1- Inconfidência Mineira (1948)


"Trata-se de uma versão heróica dos acontecimentos que, na Vila Rica do século XVIII, levaram o alferes Joaquim José da Silva Xavier à morte na forca pela participação no movimento que ficou conhecido como a Inconfidência Mineira.

Esse filme era o grande projeto da cineasta Carmen Santos, que já o iniciara em 1937. Apesar de ter começado a filmar em 1941, só conseguiu terminar as gravações e a edição em 1948. De tão envolvida, Carmen atuou, dirigiu e escreveu — um trabalho de 11 anos que redundou em fracasso de bilheteria e à falência de sua produtora, que foi vendida na década seguinte."

Deixarei linkado um texto maravilhoso do blog Império Retrô intitulado 'CARMEN SANTOS E A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM FEMININA BRASILEIRA'. Vele a pena ler! 

2- Os Inconfidentes (1972)


''Padres, poetas, políticos, militares e insatisfeitos em geral se unem e conspiram para libertar o Brasil dos portugueses no século XVIII. Algo dá errado. Preso, Tiradentes (José Wilker) é torturado e, enquanto os demais isentam-se de culpa, assume todos os seus atos. É condenado à morte, mas torna-se o principal nome da Inconfidência Mineira.'' Assista aqui

3- Tiradentes, o Mártir da Independência (1977)


''Cinebiografia do alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, célebre personagem do processo de independência brasileira, seguindo a vida desse popular herói nacional desde os primeiros momentos da insurreição comandada por ele até seus últimos dias e sua morte na forca, após ser traído por Silvério dos Reis, incialmente companheiro de lutas no movimento da Inconfidência.'' Assista aqui

4- Tiradentes (1999)


''A trajetória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Humberto Martins), líder da Inconfidência Mineira, um movimento surgido em Vila Rica (Ouro Preto) em 1789. Tiradentes sonhou junto com amigos e intelectuais ver o Brasil independente do domínio português, mas esbarrou na traição de Joaquim Silvério dos Reis (Rodolfo Bottino).'' Assista aqui

5- Joaquim (2017)


''A história dos acontecimentos e fatos que levaram Joaquim José da Silva Xavier, um dentista comum de Minas Gerais, a se tornar mais conhecido pela alcunha de Tiradentes, transformando-se em um importante herói nacional e mártir que veio a liderar o levante popular conhecido como "Inconfidência Mineira".''
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sábado, 10 de dezembro de 2016

Os Meus, os Seus e os Nossos (Yours, Mine and Ours, 1968)


Uma bela viúva encontra por acaso um homem atraente, também viúvo, e os dois se apaixonam. Até aí nada demais, certo? Tudo seria completamente normal, se não fosse o pequeno detalhe dos dois terem, ao todo, 18 filhos! Estrelada pelos astros Lucille Ball e Henry Fonda, essa comédia-romântica conta a história de Helen North e Frank Beardsley, duas pessoas com um maravilhoso talento para a reprodução que se encontram quase que por obra do destino e decidem juntar suas duas enormes famílias debaixo de um mesmo teto. Obviamente, para eles, a situação não é lá muito agradável no começo, mas em compensação, para nós, os espectadores, a experiência é deliciosamente engraçada do início ao fim.


Você provavelmente já conhece essa história, já que o remake protagonizado por Dennis Quaid e Rene Russo em 2005 é a versão mais popular. No entanto, apesar de não ser tão conhecido nos dias de hoje, o longa de 1968 foi um grande sucesso de bilheteria, surpreendendo até a própria Lucille Ball, que além de atuar foi produtora, através de sua empresa Desilu Productions. Com um pequeno investimento de 2,5 milhões de dólares, o filme arrecadou mais de 17 milhões nas bilheterias, mas ao invés de alegria, causou a ira de Lucy, pois ela acabou perdendo a maior parte do lucro com impostos, já que não esperava tamanho êxito.


Inicialmente, o casal Lucille Ball e Desi Arnaz estaria novamente junto nos papéis principais do longa, em 1959. No entanto, após alguns problemas, incluindo o divórcio dos dois, o projeto acabou sendo adiado. Fred MacMurray, que era o mais cotado para interpretar Frank, foi substituído por Henry Fonda, antigo namorado de Lucy. Eles, que já haviam estrelado A Rua das Ilusões, em 1942, se reaproximaram bastante nos bastidores do filme. Segundo a filha do ator, Jane Fonda, seu pai estava profundamente apaixonado por sua colega de elenco durante as gravações. Não se sabe, porém, se os dois tiveram realmente algo além de uma grande amizade. 


O filme mostra a mãe de oito filhos, Helen North, uma enfermeira viúva que luta para conciliar o trabalho e a vida familiar. Em situação parecida, temos o viúvo Frank Beardsley, pai de dez filhos. Ambos passam por problemas semelhantes, pois se vêem na missão comandar uma família tão numerosa sozinhos, sendo responsáveis pelo sustento e educação de crianças e adolescentes, além da solidão causada pela perda dos cônjuges. Em uma série de coincidências, os dois se encontram por acaso algumas vezes, até que marcam de sair com a ajuda de um amigo em comum. Apesar de render cenas hilariantes, o encontro romântico vai muito bem, até a parte em que eles tomam coragem para revelar o tamanho de sua prole.


Os dois logo percebem que o romance não tem como dar certo por motivos óbvios e acabam terminando a relação que sequer haviam iniciado. Eles até tentam sair com outras pessoas, mas o destino se encarrega de uni-los novamente. Após um curto namoro, temperado pelas travessuras dos filhos, que odeiam a ideia do novo namoro de seus pais, Frank e Helen deciden se casar, tomando a corajosa decisão de colocar 20 pessoas sob um mesmo teto!


Já da pra imaginar o caos que o pobre casal teve que aguentar, não é? Os dois tentam administrar a bagunça da melhor maneira possível, apesar da dificuldade de aceitação dos filhos de ambos com a ideia de um substituto para o lugar de seus pais falecidos. Essa não era a intenção de nenhum dos dois com a união, mas era a maneira como as crianças de sentiam ao se deparar com a nova realidade. Em meio a todo esse pandemônio, é delicioso assistir essas duas famílias diferentes tendo que se adaptar uma à outra, e entendendo que agora formam uma só. Todas as brigas e dificuldades são superadas com muita paciência e generosidade, além de muito amor, não só dos pais por seus filhos e enteados, mas também de um pelo outro.


Neste ponto da leitura, você pode se pegar pensando que o filme tem um bom enredo, porém é um tanto fantasioso. Mas o curioso é que a história foi baseada em fatos reais, descritos no livro autobiográfico 'Who Gets the Drumstick?', escrito pela verdadeira Helen Beardsley. Lucille Ball se apaixonou pela divertida aventura do casal com seus filhos e rapidamente comprou os direitos da obra. A enorme família ganhou certa fama nos Estados Unidos, ao ser retratada no livro e no filme, e costumava dar entrevistas e aparecer em programas de televisão. Algumas partes do longa foram um pouco romantizadas, como a forma que o casal começou a namorar e o excesso de brigas entre os dois lados, já que na vida real as crianças tiveram uma relação mais amigável do que o filme mostra.

A real família Beardsley

Apesar da fama de grande família unida e amorosa, a principal discrepância entre a vida real e a ficção é muito mais difícil de ser retratada em uma comédia. Tanto no livro de Helen quanto nos filmes de 1968 e 2005, a convivência familiar tem suas dificuldades, que chegam a ser cômicas para o público, arrancando risadas e garantindo momentos de diversão. Entretanto, segundo Tom North, um dos filhos de Helen com seu primeiro marido, Frank Beardsley estava longe de ser o homem gentil e companheiro interpretado por Henry Fonda e Dennis Quaid. Em seu livro, intitulado 'True North: The Shocking Truth About 'Yours, Mine and Ours', ele revela que o padrasto era um homem abusivo e violento, que agredia física e emocionalmente seus filhos e enteados, incluindo abusos sexuais. Ainda de acordo com ele, sua mãe sabia de tudo, mas preferia fingir ignorância para não arranhar a imagem de família perfeita perante o público. Ela teria dito certa vez que se casou com Frank para salvar seus enteados e até mesmo tentar salvar a ele próprio. (Leia mais


Apesar da decepção dos fatos reais, que é bastante comum quando pesquisamos mais sobre filmes biográfico e frequentemente descobrimos que os personagens não são tão legais quanto os retratados na tela, Os Meus, os Seus e os Nossos vale a pena ser visto! Uma comédia leve e divertida, bastante engraçada em alguns momentos, além das sempre maravilhosas presenças de Lucille Ball e Henry Fonda, como protagonistas, e de Van Johnson, como amigo do casal. O dvd foi lançado recentemente pela Obras-Primas do Cinema, em uma dose dupla com outro filme da ruiva, Lua de Mel Agitada, de 1953, que você também encontra resenha aqui no blog. Alias, não deixe de ler a matéria sobre a atriz.



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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mamãezinha Querida (Mommie Dearest, 1981)


Baseado no best-seller auto-biográfico de mesmo nome escrito por Christina Crawford, o filme tem a pretensão de levar para as telas a verdadeira face de Joan Crawford, que por trás da imagem de boa mãe, escondia uma mulher narcisista, tirana e calculista. Uma das produções mais polêmicas do cinema, o longa estrelado por Faye Dunaway foi um grande sucesso de público, no entanto foi fortemente esculhambado pela crítica.


A História

O filme se inicia com os rituais de beleza de uma diva do cinema. Nos primeiros minutos, não a vemos de frente. Ela acorda cedo, vai até o banheiro, onde lava seu rosto com água quente, para depois mergulha-lo em uma bacia de gelo, fazendo com que o choque térmico beneficie sua pele. Já arrumada, ainda de madrugada, parte para os estúdios da MGM em seu carro, onde revisa o roteiro já memorizado de seu atual trabalho, Folias no Gelo (The Ice Follies, 1939), e aproveita parte do tempo livre para autografar fotos para seus fãs. Após algumas horas de maquiagem, la está ela, com toda sua aura de estrela: Joan Crawford.

Faye Dunaway em sua primeira aparição no longa

Imagem real de Joan Crawford em Folias no Gelo, ao lado de James Stewart

Apesar de toda sua fama e sucesso, falta algo na vida de Joan: Ela deseja ardentemente ser mãe! Após tentativas falhas em seus casamentos anteriores, a atriz decide adotar uma criança recém-nascida. É então que chega em sua vida a pequena Christina. Vinda de origem humilde, Joan aprendeu desde cedo a enfrentar suas dificuldades, tendo que trabalhar duro para chegar onde chegou. Decidida a dar uma boa vida para sua filha, ela também teme que a criança cresça mimada e sem dar valor ao que tem. Embora inicialmente se mostre uma mãe amorosa, especialmente na frente da imprensa, ela logo começa a ser rigorosa e exigente com Christina, estipulando que ela doe seus presentes e treine mais do que aguenta, para aprender desde o início que é preciso se esforçar, porque a vida nem sempre é justa.


Aos poucos, a vida perfeita de Joan começa sofrer alguns abalos. No duro sistema de Hollywood, as mulheres precisavam se manter sempre no topo, com sucessivos êxitos de público e aproveitando enquanto ainda eram jovens. Com dificuldade em conseguir bons papéis, e se aproximando dos 40 anos, o prestígio da atriz já não era mais o mesmo, fazendo com que ela fosse considerada um 'veneno de bilheteria' em meados dos anos 40. O chefão da MGM, Louis B. Mayer, não jogava para perder e, sem muita hesitação, a demite. Com isso, a fúria de Joan atinge seu ápice, fazendo com que ela destrua todo seu jardim em um ataque de ódio.


Cada vez bebendo mais, Joan se mostra uma mãe dura e tirana, frequentemente tendo ataques de estrelismo e descontando sua raiva nos filhos adotivos, Christina e Christopher. Em uma das cenas mais antológicas e bizarras no longa, Crawford tem um ataque absolutamente histérico e dramático ao se deparar com um cabide de arame no armário de sua filha, dando uma surra na menina e obrigando ela a limpar toda a bagunça.


Apesar de ter perdido seu contrato com a MGM, sua carreira ganha novo fôlego quando ela começa a trabalhar na Warner e estrela o drama de 1945, Almas em Suplício (Mildred Pierce), pelo qual ganhou seu primeiro e único Oscar. Christina é enviada contra a sua vontade para uma escola interna, onde passa a estudar por vários anos. Após uma passagem de tempo, a jovem, agora uma adolescente, começa a fazer teatro, onde conhece um rapaz, por quem se interessa. Durante um encontro romântico, Tina é flagrada aos beijos e acaba sendo forçada pela mãe a deixar o colégio. Ao chegar em casa, as duas tem sua pior briga, que chega a ter uma luta corporal com direito a tentativa de estrangulamento.


Christina é enviada para uma escola católica, onde passa por períodos difíceis e consegue se formar. Ao retornar para a casa onde cresceu, conhece seu novo padrasto, Alfred Steele, um dos acionistas da Pepsi. O casamento de sua mãe, embora aparentemente feliz, dura pouco, pois Steele morre apenas alguns anos depois, fazendo com que Joan seja sua herdeira na diretoria da empresa. Quando percebe que os outros acionistas planejam expulsa-la, ela mostra toda sua habilidade para os negócios, demonstrando que não seria fácil derrota-la e conseguindo seu objetivo.


Christina, agora uma mulher independente e tentando a vida como atriz, mantém menos contato com sua mãe. As duas tem uma relação mais estável e com poucos atritos. A jovem consegue um papel na televisão, que Joan faz questão de acompanhar diariamente. Mas após um problema de saúde, que a obriga a se afastar do trabalho, ela descobre que sua mãe foi escalada para substituí-la, mesmo com a grande diferença de idade, fazendo com que ela se sentisse ameaçada. Apesar disso, as duas passam a ter uma relação mais amigável até a morte de Joan, em 1977. Durante a leitura do testamento, Christina e seu irmão Christopher recebem um duro golpe: Não herdaram absolutamente nada. O filho comenta com a irmã como Joan sempre tinha que ter a última palavra sempre, e a tela vai se fechando no rosto de Christina, que responde, enquanto caem suas lágrimas, 'Sera?'.

Controvérsias 



Após a publicação do livro, em 1978, muitos colegas e amigos pessoais de Joan, vieram a público desmentir as alegações escritas, dentre eles Van Johnson, Barbara Stanwyck, Ann Blyth , Marlene Dietrich , Myrna Loy, Katharine Hepburn, Cesar Romero, Gary Gray, Betty Barker (secretária de Joan por quase 50 anos), Douglas Fairbanks Jr. (o primeiro marido de Crawford ), e até sua rival histórica Bette Davis. As filhas gêmeas de Crawford, Cathy e Cindy, que também foram adotadas, negaram veementemente que a atriz fosse uma mãe abusiva. No entanto, outros atores, como Helen Hayes, James MacArthur, June Allyson, Rex Reed, e Betty Hutton, além do próprio Christopher, filho de Joan, confirmam as declarações de Christina. Há quem acredite que Joan sofria de problemas psiquiátricos, como transtorno bipolar e transtorno de personalidade borderline, além de compulsão por limpeza.

Curiosidades



A primeira escolha para interpretar o papel principal do longa foi Anne Bancroft, mas após ler o roteiro e perceber que o objetivo do filme era avacalhar a imagem de Joan Crawford, ela se retirou da produção. Muitas outras atrizes recusaram o papel pelo mesmo motivo. Franco Zeffirelli iria dirigir o longa, mas Christina não aprovou sua visão amigável da atriz, retratando-a como uma mártir destruída por Hollywood. Faye Dunaway, que curiosamente havia sido mencionada pela própria Joan Crawford em sua auto-biografia como uma das únicas atrizes da nova geração com características de uma estrela, fez questão de lutar pelo papel, aparecendo na casa do diretor Frank Perry vestida como Joan, para mostrar que era perfeita para estrelar o filme. 


Faye Dunaway, alias, tinha convicção absoluta de sua qualidade como atriz e já conjecturava ganhar o Oscar por sua interpretação, imaginando que este seria o seu maior papel e consolidaria sua carreira. O que aconteceu foi exatamente o contrário. Embora tenha sido um grande sucesso de público, o longa foi massacrado pela crítica e a atuação de Faye foi ridicularizada, tida como excessivamente dramática e caricata, ganhando uma indicação ao Framboesa de Ouro. O filme é conhecido por ter destruído sua promissora carreira de atriz, que conta com sucessos como Bonnie e Clyde (1967), Chinatown (1974), Inferno na Torre (1974), dentre outros, além de ter vencido o Oscar por Rede de Intrigas (1976). Os próprios produtores consideram hoje em dia um erro ter colocado cenas exageradas, como a das rosas e a do cabide. Esta última, com grande liberdade criativa de Faye, que escolheu o figurino e a maneira de levar toda a sequência. Apesar disso, o sucesso de público do longa se mantém, sendo considerado um clássico trash cult.


Faye Dunaway, considerada pela produção uma verdadeira megera, se recusa terminantemente a dar entrevistas sobre o filme. Segundo Christina Crawford, Faye teria confidenciado que vem sendo assombrada pelo fantasma de Joan. Apesar das críticas, em minha opinião pessoal, a Faye está bem no filme, embora um pouco caricata, e com exceção das cenas histéricas, que parecem retiradas de uma novela mexicana.


O filme se passa num período de 39 anos. A personagem Carol Ann, interpretada por Rutanya Alda, é inspirada em três profissionais diferentes que trabalharam para Joan Crawford durante este período. 

Joan Crawford


Embora o filme mostre uma mulher obsessiva e desequilibrada, Joan era descrita como uma excelente profissional e uma atriz devotada aos seus fãs. Fazia questão de assinar pessoalmente suas fotos e responder as cartas que lhe eram enviadas, pois acreditava que devia todo seu sucesso ao público e deveria sempre retribuir o carinho. Seu profissionalismo é sempre ressaltado por seus colegas. Costumava chegar sempre cedo e com o texto decorado. Confira seus principais trabalhos


A história contida no livro arranhou fortemente a imagem de Crawford, que perdeu muitos de seus fãs e admiradores, no entanto é impossível afirmar que as alegações de Christina são realmente verdadeiras ou se foram aumentadas para que a polêmica lhe gerasse lucros, já que ela havia sido excluída do testamento da mãe. Estranho que ela se mostre uma filha amorosa e resignada, apesar de todos os supostos maus-tratos de sua mãe, e tenha demonstrando tanto ódio apenas pelo dinheiro, ao perceber que não herdaria nada. Fato é que após a publicação do best-seller de Christina, outros filhos de lendas do cinema também publicaram suas histórias sobre as relações com seus pais famosos, como as filhas de Bette Davis e Marlene Dietrich.

O filme acaba de ser lançado pela Obras-Primas do Cinema e pode ser adquirido nas principais lojas do ramo. Clique para comprar

Imagens de Joan com seus filhos



Áudio do programa natalino retratado no filme, originalmente feito em 1949


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segunda-feira, 30 de maio de 2016

40 filmes biográficos sobre atores e atrizes

Confira abaixo uma lista com alguns filmes biográficos ou onde atores e atrizes antigos aparecem como personagens.

1- Chaplin, 1992


O filme relata a vida de Charles Chaplin, um dos maiores gênios do cinema, desde a infância até o recebimento de um Oscar, e das inúmeras ligações amorosas aos problemas de ordem política, que o levaram a ser expulso dos Estados Unidos. O filme é estruturado em torno de longos flashbacks como o idoso Charlie Chaplin (Robert Downey Jr.) relembrando momentos de sua vida durante uma conversa com personagem fictício George Hayden (Anthony Hopkins), o editor de sua autobiografia. Lembranças de Chaplin começam com sua infância de pobreza extrema, da qual ele foge, mergulhando no mundo das salas de música de Londres, depois se mudando para os Estados Unidos. Compre aqui.



Além do próprio Chaplin, vivido por Robert Downey Jr., o filme também retrata diversos atores da época como:

O amigo Douglas Fairbanks, interpretado por Kevin Kline

Robert Downey Jr e Kevin Kline / Douglas Fairbanks carregando Chaplin e Mary Pickford

Mary Pickford, interpretada por Maria Pitillo


Mildred Harris, atriz e primeira esposa de Chaplin, vivida por Milla Jovovich 



Paulette Goddard, atriz e terceira esposa, interpretada por Diane Lane



Edna Purviance, interpretada por Penelope Ann Miller



Mabel Normand interpretada por Marisa Tomei



2- Dorothy Dandridge - O Brilho de uma Estrela (Introducing Dorothy Dandridge, 1999)


Cinebiografia de Dorothy Dandridge (Halle Berry), que percorre sua carreira desde o início quando se apresentava em clubes noturnos com Vivian Dandridge (Cynda Williams), sua irmã, até se tornar uma atriz de cinema (era dona de uma beleza notável e de um talento óbvio, além de ser uma sexy e femme fatale negra cheia de glamour em uma época que o padrão de Hollywood eram mulheres louras). Nesta fase da vida tornou-se a primeira afro-americana a receber uma indicação para melhor atriz em 1954 por "Carmen Jones", mas se Otto Preminger (Klaus Maria Brandauer), o diretor do filme com quem teve um affair, foi importante neste período de sua carreira também a levou a tomar decisões erradas, inclusive aconselhando-a em romper um acordo verbal com Darryl Zanuck (William Atherton), o todo poderoso da Fox, que pretendia em três anos torná-la uma estrela. Ela sempre foi vítima de preconceito racial e, gradativamente, foi ficando cada vez mais dependente de comprimidos, que usava para tentar se acalmar pois, apesar da fama, teve uma vida pessoal repleta de tragédias e desapontamentos amorosos. Assista aqui.


3- Frances, 1982


Seattle, no início dos anos 30, quando a Grande Depressão atingia o país e propiciava o surgimento de correntes políticas com tendência ao comunismo. Uma jovem de 16 anos, Frances Farmer (Jessica Lange), ganhou um concurso literário nacional com o ensaio "Na Década de 30", em que uma promissora atriz é destruída pelo sistema e por sua mãe por ter "negado Deus". Logo os mais conservadores tentaram passar a idéia de que era um texto muito elaborado para uma jovem e que provavelmente teria sido escrito pelos comunistas, mas Frances não dava importãncia. Com o passar dos anos se tonou uma atriz de teatro, atuando em "Tio Vania". Ela ganha uma viagem até a Rússia, o que a deixa bem entusiasmada, pois na volta passará em Nova York, onde ela pretende conseguir algum papel na indústria cinematográfica. Mas sua mãe, Lillian (Kim Stanley), que está ficando autoritária, diz que ela está sendo usada pelos grupos de esquerda. Frances viaja e, além da fama de atéia, agora também é chamada de comunista. Ao retornar consegue estrelar "Meu Filho é o Meu Rival", mas aos poucos se desentende com os executivos de Hollywood e sua vida se torna um inferno. Mas a principal artífice da sua desgraça é Lillian. Veja a resenha do filme.


4- Mamãezinha Querida (Mommie Dearest, 1981)


Baseado no best seller de Christina Crawford, conta sobre as supostas tiranias de Joan Crawford com seus filhos, ao mesmo tempo em que mantinha uma imagem de boa mãe para o público. Faye Dunaway estrela o longa no papel da atriz.


5- Gypsy - Em Busca de um Sonho (Gypsy, 1962)


Conta a trajetória da dançarina burlesca e, posteriormente, atriz, Gypsy Rose Lee, que foi cresceu sendo vítima do desejo cego de sua mãe pela fama, fazendo com que ela e a irmã trabalhassem desde a infância. Leia a resenha.

Gypsy Rose Lee

6- Harlow, a Vênus platinada (Harlow, 1965)


Biografia romantizada sobre a curta vida de Jean Harlow, com Carroll Baker no papel principal. 


7- Liz: A História de Elizabeth Taylor (Liz: The Elizabeth Taylor Story, 1995)


O filme foi feito para a televisão e conta a trajetória da atriz até o seu aniversário de 60 anos. Estrelado por Sherilyn Fenn.


Richard Burton foi vivido por Angus Macfadyen


Já Montgomery Clift foi interpretado por William McNamara, via



8- O Aviador (The Aviator, 2004)

O filme conta a história do milionário excêntrico Howard Hughes, que pode não ter sido ator, mas teve contato com inúmeros astros e estrelas da era de ouro devido à sua paixão pelo cinema. Por conta disso, muitos deles são personagens do longa.

Cate Blanchett interpretou Katharine Hepburn



Kate Beckinsale viveu Ava Gardner



Gwen Stefani fez uma participação como Jean Harlow


Jean Harlow na premiere de Anjos do Inferno, assim como na cena representada no filme

Jude Law apareceu como Errol Flynn



9- Sete Dias com Marilyn (My Week with Marilyn, 2011)




O filme conta os bastidores das gravações do filme O Príncipe Encantado, do ponto de vista de Colin Clark, que trabalhava como assistente e passou uma semana ao lado de Marilyn Monroe. Além da estrela, interpretada por Michelle Williams, são retratados os atores Laurence Olivier e Vivien Leigh, vividos respectivamente por Kenneth Branagh e Julia Ormond.



10- Hitchcock, 2012


O filme mostra um pouco sobre os bastidores do filme mais aclamado de Hitchcock, Psicose (Psycho, 1960), focando-se bastante na relação do diretor com sua esposa, Alma Reville, que colaborava sempre em seus filmes. Anthony Hopkins interterpreta 'Hitch' e Helen Mirren vive Alma. 







Janet Leigh, que fez a cena mais famosa de Psicose, foi interpretada por Scarlett Johansson



 Vera Miles foi vivida por Jessica Biel




James D'Arcy atuou como Anthony Perkins



11- Lágrimas de Triunfo (Jeanne Eagels, 1957)



A atriz do cinema mudo, teve sua breve vida retratada nas telas, sendo interpretada por Kim Novak, no longa ligeiramente romantizado sobre sua trajetória. A jovem teve uma carreira curta e devido ao vício em drogas e álcool, acabou morrendo prematuramente, recebendo uma nomeação póstuma ao Oscar, pelo filme The Letter (1929), fato inédito na época.


12- A Vida de Audrey Hepburn (The Audrey Hepburn Story, 2000)


Feito para a televisão em formato de minissérie, narra a trajetória de Audrey Hepburn desde a infância até o estrelato, terminando assim que a estrela acaba de gravar seu maior sucesso, Bonequinha de Luxo. Jennifer Love Hewitt foi a escolhida para interpretar Audrey na fase adulta. Assista aqui.



William Holden foi vivido por Gabriel Macht



Eric McCormack interpretou Mel Ferrer



13- A Vida de Romy Schneider (Romy, 2009)


O filme conta a vida da bela atriz desde o início da carreira até seu final triste, onde mesmo no hospital, era perseguida por fotógrafos. Jessica Schwarz interpretou Romy.



Alain Delon, com quem teve um famoso relacionamento, foi interpretado por Guillaume Delorme.



14- James Dean (2001)



O filme foi feito para a televisão e conta com a atuação de James Franco no papel do protagonista James Dean. O longa narra a vida do ator, passando por sua rápida ascensão à fama até seu fim prematuro. Assista aqui


Valentina Cervi viveu a atriz italiana Pier Angeli, apontada como o grande amor da vida de Jimmy



15- Grace de Mônaco (Grace of Monaco, 2014)


O longa foca no lado político da vida da atriz, agora como Princesa de Mônaco, e num possível retorno ao cinema, em um filme de Alfred Hitchcock.


A cantora lírica Maria Callas também é retratada, vivida por Paz Vega.



16- O Miado do Gato (The Cat's Meow, 2001)



O filme gira em torno de uma viagem de barco onde acontece um incidente envolvendo o todo poderoso William Randolph Hearst, magnata das comunicações e a inspiração do célebre Cidadão Kane, de Orson Welles. Enciumado com a aproximação de sua amante, a atriz do cinema mudo Marion Davies, interpretada por Kirsten Dunst, e do ator Charlie Chaplin, vivido por Eddie Izzard, Hearst decide atirar em Chaplin pelas costas, porém acaba matando o homem errado e tenta encobrir seu crime, impedindo que seja descoberto pela imprensa.


17- O Palhaço Que Não Ri (The Buster Keaton Story, 1957)


Com Donald O'Connor no papel principal, o filme conta a história do grande astro do cinema mudo, Buster Keaton, desde a infância, até a chegada do cinema falado, que ocasionou o fim de sua carreira. Porém o longa não é exatamente fiel aos fatos reais, exagerando até mesmo sobre o final da carreira do ator.


18- The Last of Robin Hood (2013)


O filme aborda o último relacionamento amoroso de Flynn, já um homem de meia-idade, com a adolescente Beverly Aadland, de apenas 15 anos, que trabalhava no cinema com documentos falsos para fingir ser maior de idade.


Errol Flynn foi interpretado por Kevin Kline, equando Dakota Fanning viveu Beverly.



19- A Misteriosa Morte de Natalie Wood (The Mystery of Natalie Wood, 2004)


O filme foi feito para a televisão e mostra a vida e a carreira da atriz Natalie Wood, desde a infância até sua morte misteriosa, focando bastante em sua carreira e nos seus relacionamentos amorosos. Justine Waddell interpretou a protagonista, enquanto Michael Weatherly viveu o ator Robert Wagner, com quem Natalie se casou por duas vezes.



O ator Warren Beatty, colega de elenco e ex-namorado de Natalie, foi representado por Matthew Settle; Sophie Monk interpreta Marilyn Monroe em uma breve participação, mostrando o encontro das duas estrelas, ainda na infância de Natalie, quando Marilyn ainda estava no início de sua carreira. Já os amigos e colegas de elenco de Juventude Transviada, James Dean e Sal Mineo foram vividos, respectivamente, por Nick Carpenter e Paul Pantano, como podem ser vistos na foto abaixo.



20- Funny Girl - Uma Garota Genial (Funny Girl, 1968) e Funny Lady (1975)

Omar Sharif e Barbra Streisand em Funny Girl, 1968

Em 1968, Barbra Streisand interpretou a atriz Fanny Brice no musical Funny Girl. Alguns anos depois, em 1975, a história ganhou uma continuação, também estrelada por Barbra, e intitulada Funny Lady. Embora romantizados, os longas se tornaram grandes clássicos. O primeiro, focando no início de sua carreira e no primeiro casamento de Fanny. Já o filme seguinte, se passa durante a grande depressão, mostrando seu divórcio, e a dificuldade em encontrar novos trabalhos, além de um novo romance.

Barbra Streisand em Funny Lady, 1975


21- O Homem das Mil Caras (Man of a Thousand Faces, 1957)


Assim como a maioria dos filmes biográficos, o longa alguns fatos romantizados misturados com acontecimentos reais da vida do ator Lon Chaney, apelidado pela imprensa como 'o homem das mil faces', por sua capacidade de interpretar os personagens mais diversificados, geralmente grotescos e atormentados, com técnicas de maquiagem inventadas por ele próprio. James Cagney, Dorothy Malone e Jane Greer estrelam o filme, respectivamente como o biografado e suas duas esposas.

Lon Chaney

Abaixo, alguns dos personagens que o ator já interpretou:

O Fantasma da Ópera, 1925

Vampiros da Meia-Noite, 1927

Ironia da Sorte, 1924

O Corcunda de Notre-Dame, 1923

James Cagney durante a caracterização de alguns personagens (via)

22- Elvis (1979)


Com Kurt Russell interpretando o Rei do Rock, o filme foi feito para a televisão e conta a trajetória de sucesso do ator e cantor, até 1970, não retratando seus últimos anos de vida. Conta também com a participação da atriz Shelley Winters, como a mãe de Elvis.


23- Estrela Mirim: A História de Shirley Temple (Child Star: The Shirley Temple Story, 2001)


Também feito para a televisão, o filme conta a história da atriz mirim mais famosa de Hollywood, com o auge de sua popularidade na década de 1930. Shirley é interpretada em diferentes idades pelas atrizes Samantha Hart, Emily Hart and Ashley Rose Orr. Assista o filme completo em inglês aqui.


24- A Vida com Judy Garland (Me and My Shadows, 2001)


Com Judy Davis no papel principal, o ltelefilme narra a trajetória da grande Judy Garland, desde a infância e o começo da carreira, até seus últimos dias. Hugh Laurie interpreta Vincent Minnelli, diretor que foi casado com a estrela.


25- Marlene - O Mito, A Vida, O Filme (Marlene, 2000)


Estrelado pela atriz alemã Katja Flint, narra a vida de um dos maiores mitos do cinema, Marlene Dietrich.


26- A Estrela (Star!, 1968)


Tendo como protagonista a doce Julie Andrews, o filme foi lançado com a pretensão de repetir o sucesso de A Noviça Rebelde, mas acabou sendo um fracasso de público. Conta a história da atriz Gertrude Lawrence, que fez bastante sucesso na primeira metade do século XX ao estrelar musicais nos palcos de Londres e na Broadway. Ao contrário da imagem que o público tinha de Julie, meiga e gentil, Getrude era temperamental, sarcástica e ambiciosa, com uma personalidade difícil, fazendo com que o longa tivesse uma rejeição da audiência, embora tenha sido nomeado em 7 categorias do Oscar. 


Gertrude e Noël Coward na peça Private Lives, 1930

O maior sucesso de sua carreeira, possivelmente, foi a peça O Rei e Eu, ao lado de Yul Brynner. Posteriormente, o ator repetiu o papel nas telas, com Deborah Kerr como protagonista feminina.


27- Sophia Loren, a Vida de uma Estrela (Sophia Loren: Her Own Story, 1980)


O filme biográfico sobre a diva italiana é estrelado por ela própria! A atriz interpreta sua mãe, Romilda Villani, e a ela própria na fase adulta. John Gavin viveu Cary Grant, que foi apaixonado por Sophia e com quem teve um breve relacionamento amoroso.

Foto real de Sophia e sua mãe


Cena do filme

28- The Jayne Mansfield Story (1980)


Estrelado por Loni Anderson, o longa conta a curta trajetória da Jayne Mansfield, e tem Arnold Schwarzenegger no papel do marido da atriz, Mickey Hargitay.


29- Da Lama para a Glória (The George Raft Story, 1961)


O filme conta a história de George Raft, famoso principalmente por seus papéis de mafiosos, tendo seu auge na década de 30. Fora das telas, o ator teve de fato envolvimento com gangsters. Estrelado por Ray Danton, o longa não teve boa recepção pelo excesso de ficção, não se mantendo muito fiel aos fatos reais. Jayne Mansfield interpreta a personagem Lisa Lang, um dos amores de Raft, e que teria sido baseada na atriz Betty Grable.


George Raft aparece como personagem no filme Bugsy, de 1991, com Warren Beatty no papel principal, sendo interpretado por Joe Mantegna. Raft era amigo do mafioso.

Warren Beatty e Joe Mantegna

Bugsy e George Raft

30- Burton e Taylor (Burton and Taylor, 2013)


O filme é focado nas décadas de 1960 e 1970, mostrando o intenso e turbulento relacionamento de um dos casais mais populares de Hollywood, Elizabeth Taylor e Richard Burton, casados por duas vezes. Helena Bonham Carter e Dominic West protagonizam o longa.


31- Valentino (1951)


Estrelado por Anthony Dexter, o filme foi criticado pela carência de fatos e personagens reais, romantizando demais a biografia do ator, apesar da notável semelhança física do protagonista. Eleanor Parker como Joan Carlisle / Sarah Gray é a estrela feminina do longa, interpretando personagens que não existiram de fato. A história gira em torno da chegada de Valentino na América, seus amores e sua curta jornada como astro de Hollywood.

Anthony Dexter e Eleanor Parker

Rodolfo Valentino

32- Life - Um Retrato de James Dean (Life, 2015)

O filme conta sobre a amizade de James Dean com o fotógrafo Dennis Stock, que trabalhava para a revista Life e costumava acompanhar o ator para poder fotografa-lo. Com a morte precoce de Dean, as fotos tornaram-se icônicas. Robert Pattinson interpreta Stock, enquanto Dane DeHaan encarna James Dean.




A atriz Alessandra Mastronardi interpretou Pier Angeli



Kelly McCreary como Eartha Kitt, Eva Fisher como Judy Garland, Lauren Gallagher como Natalie Wood, John Blackwood como Raymond Massey e Caitlin Stewart como Julie Harris também fazem parte do longa.

33- Elvis (2005)


Feito em formato de minissérie, conta fatos da vida do ator e cantor do período de 1954 até 1968, tendo em sua trilha sonora gravações originais de Elvis, além de imagens filmadas em Graceland, sua mansão. Foi estrelada por Jonathan Rhys Meyers, que mostra uma semelhança física impressionante com o Rei do Rock.


Rose McGowan interpretou Ann-Margret



Antonia Bernath viveu sua esposa, Priscilla Presley



34- A Verdadeira História de Marilyn Monroe (Norma Jean & Marilyn, 1996)


Feito para a televisão, o filme aborda dois lados de Marilyn Monroe: A estrela de cinema e sua real personalidade, contando sua vida antes da fama, quando ainda era Norma Jean, até tornar-se a diva sorridente que escondia sua tristeza do público. Ashley Judd vive Norma enquanto Mira Sorvino interpreta Marilyn.





Nancy Linehan Charles interpreta Bette Davis, Jeffrey Combs aparece como Montgomery Clift, Neil Hunt como Geroge Sanders e Erika Nann como Jane Russell. 

35- Valentino - O Ídolo, o Homem (Valentino, 1977)


Protagonizado por Rudolf Nureyev, o filme mistura fatos, fantasia e mitos sobre a vida do ator italiano, que despedaçou milhares de fãs com sua morte precoce. Leslie Caron vive Alla Nazimova e Michelle Phillips interpreta Natacha Rambova, esposa do ator.

Rudolf Nureyev e Michelle Phillips

Valentino e Natacha Rambova


Leslie Caron e Alla Nazimova

36- A Garota (The Girl, 2012)


O filme mostra a conturbada relação entre o perfeccionista Alfred Hitchcock e a atriz Tippi Hedren, por quem tinha obsessão, durante as gravações de Os Pássaros e Marnie, respectivamente de 1963 e 1964. Toby Jones e Sienna Miller interpretam os personagens principais.


37- La mia casa è piena di specchi (2010)


A minissérie italiana volta a ter Sophia Loren interpretando a própria mãe, Romilda Villani, uma mulher que sonhava em ser atriz, chegando a ganhar um concurso como sósia de Greta Garbo, mas foi impedida pela família de seguir a carreira. Após alguns anos, ela tenta se realizar através da filha Sophia, deixando de lado Maria, sua filha mais nova. Margareth Madè interpreta Sophia Loren e Antonella Di Monte vive Maria.



38- Gainsbourg - O Homem Que Amava as Mulheres (Gainsbourg, 2010)


O filme fala sobre a vida e os amores de Serge Gainsbourg, interpretado por Eric Elmosnino.



Laetitia Casta viveu Brigitte Bardot



Lucy Gordon interpretou Jane Birkin




39- A Vida e a Morte de Peter Sellers (The Life and Death of Peter Sellers, 2004)


Com Geoffrey Rush no papel principal, o longa fala sobre a vida e a carreira do ator Peter Sellers, focando-se também em seus relacionamentos e nas inúmeras crises existenciais. 


Acima, uma foto verdadeira do ator e sua segunda esposa, Britt Ekland, interpretada por Charlize Theron.


Sonia Aquino interpretou Sophia Loren, a modelo Heidi Klum viveu Ursula Andress e os diretores Stanley Kubrick e Blake Edwards foram representados por Stanley Tucci e John Lithgow , respectivamente.

40- Eu Chorarei Amanhã (I'll Cry Tomorrow, 1955)


Estrelado por Susan Hayward, conta a história da cantora e atriz Lillian Roth, que conheceu o sucesso ainda muito jovem, porém após algumas desilusões acaba se tornando alcoólatra.


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