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sexta-feira, 12 de março de 2021

Três vezes em que estrelas foram 'canceladas' por causa de seus cabelos


Na sociedade, os cabelos são considerados a moldura do rosto. A indústria de cosméticos especializados oferece uma ampla lista de produtos de tratamento e coloração para que mulheres possam se sentir mais confiantes com suas madeixas. Elas, por sua vez, podem variar em cortes, pinturas e penteados de acordo com o gosto pessoal, a moda atual ou a personalidade de cada uma. 


No cinema, os cabelos tem uma importância ainda maior, já que a composição de cada personagem exige uma caracterização diferente para auxiliar o processo de criação da representação através do elemento visual. No entanto, muitas vezes o público gosta tanto do que vê nas telas que os cabelos se tornam verdadeiras marcas registradas de algumas estrelas, como o corte 'La Garçonne' de Louise Brooks, o loiro platinado de Jean Harlow ou o estilo 'pantera' de Farrah Fawcett que marcou a década de 70. 

Louise Brooks, Jean Harlow e Farrah Fawcett com seus icônicos penteados


Todavia, em alguns casos, o sucesso acaba se voltando contra os astros e os tornando reféns de suas próprias imagens. Diversas vezes, carreiras foram arruinadas por escândalos em tabloides ou pelo menor sinal de envelhecimento, que ia de encontro à perfeição e ao glamour inalcançáveis que eram cuidadosamente construídos pelos estúdios para encantar o grande público. Em algumas situações, como as que vamos ver abaixo, foram os cabelos os vilões para as atrizes que, assim como o personagem bíblico Sansão, perderam sua força ao corta-los:


Mary Pickford

Mary Pickford no auge da fama e, ao lado, durante a cerimônia do Oscar, 1929

A primeira 'Queridinha da América, Mary Pickford era dona de longos cachos dourados que lhe conferiam um ar ingênuo e angelical. Indo na contramão do estilo 'vamp' de contemporâneas como Theda Bara, a atriz iniciou sua trajetória nas telas em curtas-metragens em 1909, especializando-se em interpretar ao longo dos anos personagens muito mais novas do que realmente era, como nos clássicos 'The Little Princess' (1917) e Pollyanna (1920), com muitos de seus papéis sendo refilmados anos depois por Shirley Temple. Mary reinou absoluta durante as décadas de 1910 e 1920, sendo considerada a estrela mais popular do cinema mudo americano. Após a morte de sua mãe e já cansada de interpretar personagens pobres e infantilizadas ao longo de mais de duas décadas, ela resolveu dar uma repaginada não só na carreira como também no visual, cortando suas icônicas madeixas no estilo 'Bob', muito em voga na época, em 1928.

A notícia do corte de cabelo da atriz chegou a aparecer na primeira página do New York Times

Apesar de ser contra a introdução do som no cinema, a atriz estrelou em 1929 seu primeiro longa falado, 'Coquete' (Coquette), onde aparecia como uma jovem fútil e glamourosa do final dos anos 20. Aos 37 anos, ela continuava interpretando personagens bem mas novas, só que agora seus cachos, que outrora foram a representação física da castidade e da inocência feminina, deram lugar a cabelos curtos acompanhados de roupas sofisticadas. Embora tenha se tornado a segunda vencedora do Oscar de Melhor Atriz por seu desempenho, os fãs não aprovaram a nova fase da 'pequena Mary', que se mostrava adulta até demais. Seus próximos trabalhos, 'A Mulher Domada' (Taming of the Shrew, 1929),
'Forever Yours' (1930) e 'Kiki' (1931) mostraram que sua popularidade estava decaindo e que seus tempos de glória estavam ficando para trás. Após a estreia de 'Segredos' (Secrets, 1933) ela decidiu se aposentar definitivamente. Em 1976, foi congratulada com o Oscar Honorário por sua contribuição ao cinema. Faleceu em 1979, tendo passado seus últimos anos vivendo reclusa em sua mansão.

Veronica Lake


Se as comédias malucas, ou screwball comedy em inglês, deram o tom da década de 30, pode-se dizer que os filmes noir foram o ponto alto dos anos 40. Com a popularidade das 'femme fatale', encontradas neste subgênero, a sensualidade e o ar de mistério começaram a ser características procuradas nas aspirantes à fama em Hollywood. Quando uma mecha de cabelo loiro insistia em cair sobre um dos olhos da iniciante Veronica Lake durante um teste para o longa de guerra 'Revoada das Águias' (I Wanted Wings, 1941), o produtor Arthur Hornblow soube imediatamente que havia encontrado uma nova estrela. O penteado, que ficou conhecido como 'peek a boo' (que significa algo como 'espreitar'), tornou-se uma verdadeira febre entre o público feminino da época e impulsionou a carreira de Lake, que passou de figurante à protagonista. 

A atriz fotografada para a campanha de conscientização do governo americano

O sucesso foi tamanho que começou a trazer uma enorme dor de cabeça para o governo americano. Em meio à Segunda Guerra, sem a mão de obra masculina para operar as fábricas, coube às mulheres ocupar os lugares deixados pelos homens no mercado de trabalho. Imitada por milhares de fãs, que começaram a utilizar as madeixas soltas caindo sobre o olho, Veronica Lake foi chamada pelas autoridades norte-americanas em 1943 para fazer uma propaganda conscientizando as trabalhadoras, após diversos acidentes envolvendo operárias começarem a acontecer, já que muitas mulheres acabavam ficando com os cabelos presos às máquinas. A atriz prontamente atendeu ao chamado, sendo fotografada com os cabelos sendo enrolados por uma furadeira, além de ensinar penteados seguros em uma propaganda (veja aqui). Ela própria passou a utilizar os cabelos presos para criar uma nova imagem e ajudar a influenciar efetivamente na causa proposta pelo governo. No entanto, apesar de sua boa ação, o público não aprovou a mudança e sua carreira começou a enfraquecer. Apesar de continuar trabalhando ao longo da década e de ter retornado ao seu visual clássico, seu único sucesso após a propaganda foi 'A Dália Negra' (The Blue Dahlia, 1946). Seu último trabalho no cinema foi Flesh Feast (1970), um filme de terror de baixo orçamento. Faleceu três anos depois, aos 50 anos, de hepatite.

Rita Hayworth


Considerada um dos maiores 'produtos' do star system de Hollywood, Margarita Cansino precisou fazer uma transformação completa para se tornar uma estrela. De origem hispânica, a jovem dançarina foi submetida a cirurgias plásticas no nariz e no queixo, além de um doloroso procedimento para aumentar a testa. Os cabelos, agora longos, ondulados e ruivos foram o ornamento perfeito para sua versão, repaginada e europeizada. Assim, Margarita deixou de existir, dando lugar a Rita Hayworth. Seja seduzindo Tyrone Power em 'Sangue e Areia' (Blood and Sand, 1941), seja dançando com Gene Kelly e Fred Astaire nos musicais que a tornaram a rainha da Columbia, seu nome tornava-se cada vez mais popular, atingindo o ápice da fama ao interpretar 'Gilda' em 1946. Com a estreia do longa, onde boatos diziam que a beldade aparecia completamente nua e atraiam multidões às salas de cinema, as madeixas avermelhadas da atriz viraram sinônimo de glamour e sensualidade, tornando-a a ruiva mais famosa do cinema.

Rita com o então marido Orson Welles vendo o resultado de sua transformação

Prestes a perder sua identidade pela segunda vez, já que todos ao seu redor pareciam agora associa-la à Gilda, a atriz concordou com seu então marido, o ator e diretor Orson Welles, em fazer uma transformação radical para o longa 'A Dama de Shanghai' (The Lady from Shanghai , 1947), onde interpretaria novamente uma femme fatale. Para se desvencilhar completamente de sua personagem mais aclamada, Hayworth teve sua cabeleira ruiva substituída por madeixas curtas e loiras, para total desespero de Harry Cohn, chefe da Columbia. Temendo que sua maior estrela tivesse sua carreira arruinada, ele exigiu que Welles filmasse mais cenas com closes no rosto de Rita, para tentar amenizar o estrago. Coincidência ou não, acompanhando as previsões de Cohn, o filme foi um retumbante fracasso nas bilheterias. Ao contrário de Pickford e Lake, a atriz não chegou a amargar um declínio profissional, voltando ao ruivo e ao sucesso como a cigana Carmen em 'Os Amores de Carmen' (The Loves of Carmen, 1948). No entanto, após sua saída da Columbia, em 1947, a atriz começou a ter menos destaque nas telas, aposentando-se em 1972, após mais de 60 filmes. Um dos primeiros casos notórios de Alzheimer, faleceu aos 68 anos, em 1987.
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domingo, 30 de agosto de 2020

As rainhas da Columbia

 

Atualmente como parte do grupo Sony, a produtora e distribuidora Columbia Pictures consolidou-se ao longo das décadas como um dos seis grandes estúdios de Hollywood, por trás de grandes clássicos como 'Rocky Balboa' (1976), 'Taxi Driver' (1976), 'Conta Comigo' (Stand by Me, 1986), 'Funny Girl' (1968) e 'A Um Passo da Eternidade' (From Here to Eternity, 1953). 

Fundada em 1918 pelos pelos irmãos Jack e Harry Cohn e seu parceiro de negócios, Joe Brandt, com o nome de Cohn-Brandt-Cohn (CBC) Film Sales Corporation, a empresa amargou alguns anos como um estúdio secundário no cenário norte-americano. Apenas em 1924, passou a ser conhecida como Columbia Pictures e a utilizar o icônico logotipo com a personificação feminina dos Estados Unidos. 


Inicialmente limitando-se a curtas e filmes de baixo orçamento, aos poucos foi começando a crescer e ousar mais em suas produções. Sua escalada rumo ao sucesso comercial começou com a chegada do diretor Frank Capra, que exigia qualidade em seus trabalhos e não se contentava com materiais de baixo custo. O lançamento de 'Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, 1934), primeiro longa a vencer as cinco principais categorias do Oscar, finalmente colocou a empresa no mapa e, pela primeira vez, no mesmo patamar dos maiores estúdios da época.

Clark Gable, Claudette Colbert (e Shirley Temple) e Frank Capra com suas estatuetas


Apesar do rápido crescimento, a Columbia ainda não podia se dar ao luxo de ter uma grande lista de atores contratados, apelando muitas vezes para os estúdios rivais. Sua principal fonte de empréstimos era a MGM, cujo slogan era 'mais estrelas do que o céu', em alusão a quantidade de nomes famosos em seu portfólio, tais como Greta Garbo, Clark Gable e Jean Harlow. Louis B. Mayer costumava utilizar os empréstimos como forma de castigo para os astros que lhe desobedeciam de alguma forma, fazendo com que a Columbia logo ganhasse o jocoso apelido de Sibéria.


Foto da 'Família MGM' em meados da década de 40, com estrelas como James Stewart, Hedy Lamarr, Katharine Hepburn, Spencer Tracy, Greer Garson e Robert Taylor

Jean Arthur

Ainda durante a década de 30, a Columbia descobriu sua primeira grande estrela na quase desconhecida Jean Arthur. Iniciando no cinema mudo, a atriz enfrentava a instabilidade em sua carreira, recebendo muitas críticas negativas por conta de sua atuação e de sua aparência. Seu papel de maior destaque até então tinha sido como coadjuvante de Clara Bow em um de seus primeiros filmes falados, 'The Saturday Night Kid' (1929), onde também contracenou com uma principiante Jean Harlow. Em 1931, após tingir suas madeixas escuras de loiro, Arthur decidiu mudar-se para Nova York e tentar a sorte nos palcos da Broadway, o que se mostrou uma decisão acertada para ela. Muito tímida e insegura, ela finalmente conseguiu adquirir confiança para atuar e encarar o público, conquistando elogios por seu desempenho no teatro. 

Jean Arthur, Clara Bow, Jean Harlow e Leona Lane

De volta a Hollywood no final de 1933, estrelou o longa 'Fatalidade' (Whirlpool , 1934), seu primeiro trabalho pela Columbia. Durante a produção, foi oferecido um contrato de cinco anos com o estúdio. Mesmo adorando os palcos, a estabilidade financeira e profissional que lhe estava sendo ofertada não era algo que pudesse recusar. No ano seguinte, Jean Arthur apareceu ao lado de Edward G. Robinson em 'O Homem Que Nunca Pecou' (The Whole Town's Talking, 1935). Aos 34 anos, a atriz finalmente começava a sentir o sabor do sucesso, arrancando elogios da crítica e com sua popularidade em franco crescimento. Sob a direção de Frank Capra, protagonizou 'O Galante Mr. Deeds' (Mr. Deeds Goes to Town, 1936), que lhe alçou ao estrelato internacionalmente. Nos anos seguintes, esteve em 'Jornadas Heroicas' (The Plainsman, 1936), este por empréstimo à Paramount, 'Garota de Sorte' (Easy Living, 1937) e no vencedor do Oscar 'Do Mundo Nada Se Leva' (You Can't Take It With You, 1938), novamente em parceria com Capra. Durante este período, chegou a ser uma das quatro finalistas para interpretar Scarlett O'Hara em 'E O Vento Levou' (Gone With The Wind, 1939).

Jean Arthur durante os testes para o papel de Scarlett O'Hara

Apesar de estar no auge de sua popularidade, protagonizando 'A Mulher Faz o Homem' (Mr. Smith Goes to Washington, 1939), 'Paraíso Infernal' (Only Angels Have Wings, 1939), 'O Assunto do Dia' (The Talk of the Town, 1942) e 'Original Pecado' (The More the Merrier, 1943) pelo qual foi indicada ao Oscar, Jean Arthur deixou a Columbia no final de seu contrato em 1944. Reza a lenda que a atriz saiu pelas ruas do estúdio gritando 'Estou livre! Estou livre!'. Um dos motivos de seu descontentamento foi sua briga com Harry Cohn após ganhar apenas a metade do salário que Cary Grant and Ronald Colman receberam em 'O Assunto do Dia'.

Rita Hayworth, Cary Grant e Jean Arthur em 'Paraíso Infernal' 

Rita Hayworth

Com Jean Arthur fora da Columbia, o reinado passou para sua coadjuvante em 'Paraíso Infernal', Rita Hayworth. Norte-americana com ascendência espanhola, Margarita Cansino teve a vida artística  imposta por sua família, fazendo aulas e apresentações de dança ao lado do pai desde a infância. Na década de 30, mudou seu nome para Rita Cansino e começou a trabalhar em pequenos papéis no cinema, geralmente interpretando jovens exóticas, das mais variadas nacionalidades. Em 1936, assinou um contrato de 7 anos com a Columbia, inicialmente tendo pouco destaque. Por conta de sua imagem excessivamente latina, Harry Cohn exigiu uma série de mudanças para 'americaniza-la'. Pela segunda e última vez, ela modificou seu nome, desta vez para Rita Hayworth, fez eletrólise para aumentar a testa e pintou os cabelos de ruivo. 

O processo de americanização de Rita Hayworth; Nota-se também mudanças nas sobrancelhas, no nariz e no queixo da atriz.

No início dos anos 40, apareceu em 'Anjos da Broadway' (Angels Over Broadway, 1940), 'Protegida de Papai' (The Lady in Question, 1940), primeiro de cinco filmes que fez com Glenn Ford, e 'Melodia em Meu Coração' (Music in My Heart, 1940). No ano seguinte, foi emprestada para a Warner onde foi coadjuvante em 'Uma Loira Com Açucar' (The Strawberry Blonde, 1941) e para a 20th Century Fox como uma das protagonistas de 'Sangue e Areia' (Blood and Sand, 1941). Ao voltar para a Columbia, estrelou ao lado de Fred Astaire o musical 'Ao Compasso do Amor' (You Never Get Rich, 1941), um dos maiores orçamentos do estúdio até então. Com o sucesso atingido, uma segunda produção reunindo a dupla logo foi providenciada, com o título 'Bonita Como Nunca' (You Were Never Lovelier, 1942). Com a estréia de 'Modelos' (Cover Girl, 1944) e a recente saída de Arthur, Rita Hayworth estabeleceu-se como o maior nome do estúdio. Atuou em 'O Coração de uma Cidade' (Tonight and Every Night, 1945) e 'Quando os Deuses Amam' (Down to Earth, 1947), mas foi no noir 'Gilda' (1946) que atingiu o auge de sua carreira, tornando-se um dos maiores símbolos sexuais do cinema e um ícone da cultura popular.

A icônica cena do striptease apenas da luva em 'Gilda'

Em 1947, ao lado do então marido Orson Welles, Rita encarnou mais uma femme fatale em 'A Dama de Shanghai' (The Lady from Shanghai). Sua indefectível cabeleira ruiva até os ombros deu lugar a curtas madeixas platinadas, para a fúria do controlador Harry Cohn, que não havia sido consultado para a mudança da imagem de sua musa. O filme acabou sendo um fracasso de bilheteria, embora a crítica tenha sido muito elogiosa ao seu desempenho. No ano seguinte, já com seu visual restabelecido e novamente ao lado de Glenn Ford, transformou-se em uma cigana sedutora em 'Os Amores de Carmen' (The Loves of Carmen, 1948), recebendo pela primeira vez uma porcentagem dos lucros. 

Ao lado de Orson Welles nos bastidores do polêmico 'A Dama de Shanghai'

Embora ainda legalmente casada com Welles, Rita conheceu durante uma viagem a Cannes o charmoso príncipe Aly Khan e os dois logo iniciaram um romance. Subiram ao altar em 1949, tornando-a a primeira atriz a receber o título oficial de princesa. Cansada de sua vida no showbiz, decidiu deixar Hollywood e iniciar uma nova vida na França, ao lado do marido, quebrando assim seu contrato com a Columbia. Mas não demoraria muito para que a bela descobrisse que seu príncipe não tinha nada de encantado. Conhecido por seu estilo bon vivant, Aly Khan levava uma vida extravagante e agitada, não se contentando com apenas uma mulher, mesmo que ela fosse uma das deusas do cinema. Além do mais, as inúmeras obrigações impostas à sua nova posição e as dificuldades com o francês fizeram com que a relação entre os dois terminasse em separação. Em 1951, ela partiu para Nova York com suas duas filhas, divorciando-se oficialmente em 1953.

Com o marido Aly Khan

Seu retorno às telas aconteceu em 'Uma Viúva em Trinidad' (Affair in Trinidad, 1952), que chegou a arrecadar um milhão de dólares a mais do que 'Gilda' nas bilheterias. Continuou sendo bem-sucedida com os longas 'Salome' (1953) e 'Mulher de Satã' (Miss Sadie Thompson, 1953), recriando a personagem que já havia sido feita por Gloria Swanson e Joan Crawford. Um novo matrimônio, este com o cantor Dick Haymes, afastou-a outra vez da vida artística. O outrora promissor Haymes estava agora endividado, sendo processado pelas duas esposas anteriores pelo não pagamento de pensões alimentícias, além de ter problemas com a imigração por não conseguir provar sua cidadania americana. A turbulenta união entre os dois foi repleta de fortes emoções, com pilhas de dívidas, ameaças de prisão e muito álcool. Após ser agredida em público pelo marido , a atriz deu um ponto final no já fragilizado relacionamento. Voltando-se novamente para sua carreira após quatro anos afastada, Rita já não era mais o principal nome da Columbia. Durante sua ausência, a jovem Kim Novak havia assumido seu posto de rainha. A ruiva ainda estrelaria 'Lábios de Fogo' (Fire Down Below, 1957), 'Meus Dois Carinhos' (Pal Joey, 1957), junto com a própria Novak e Frank Sinatra, e 'Heróis de Barro' (They Came to Cordura, 1959), antes de deixar para sempre o estúdio. 

Kim Novak, Rita Hayworth e Frank Sinatra fotografados nos bastidores de 'Meus Dois Carinhos'

Kim Novak

Para além de uma substituta para o cargo de Hayworth como maior nome da Columbia, Kim Novak surgiu para Harry Cohn como a resposta perfeita para outro dilema. Marilyn Monroe havia despontado para o sucesso e ganhava rios de dinheiro para a 20th Century Fox com papéis estereotipados, que a própria atriz odiava. Com isso, todos os estúdios buscavam ter sua própria versão da loira sexy e inocente que o público tanto parecia adorar. Jayne Mansfield, Diana Dors e Mamie Van Doren foram algumas das mais famosas escolhas; 


Nascida Marilyn Pauline Novak, a então modelo e figurante da RKO, assinou um contrato de longo prazo com a Columbia, tendo como missão ser uma espécie de mistura de Rita Hayworth e Marilyn Monroe. Ironicamente, a bela jovem, que tanto buscava ter sua própria personalidade, precisou mudar seu nome (Marilyn) para ser lançada pelo estúdio como uma nova Monroe. Cohn escolheu 'Kit Marlowe' como sua alcunha, mas ela permaneceu firme insistindo para manter seu sobrenome 'Novak'. Os dois lados chegaram a um acordo e 'Kim Novak' foi o nome vencedor. Seu primeiro filme pelo estúdio foi no noir 'A Morte Espera no 322' (Pushover, 1954), seguido pela comédia 'Abaixo o Divórcio' (Phffft, 1954), ambos com papéis coadjuvantes. No ano seguinte, protagonizou ao lado de Guy Madison 'No Mau Caminho' (5 Against the House, 1955), obtendo pouco reconhecimento. 'Férias de Amor' (Picnic, 1955) transformou-a em uma estrela, vencedora do Globo de Ouro como maior revelação daquele ano e indicada ao BAFTA como melhor atriz estrangeira. Ainda em 1955, protagonizou ao lado de Frank Sinatra outro sucesso de bilheteria, 'O Homem do Braço de Ouro' (The Man with the Golden Arm).


Seus próximos projetos, além de 'Meus Dois Carinhos (Pal Joey, 1957), foram os biográficos 'Melodia Imortal' (The Eddy Duchin Story, 1956) e 'Lágrimas de Triunfo' (Jeanne Eagels, 1957), onde interpreta a polêmica atriz do cinema mudo. O longa gerou um processo movido pela família de Eagels, que considerou pejorativa a forma com a qual ela é retratada. 

Como Jeanne Eagels em 1957

Em 1958, em meio a boatos de um polêmico romance com Sammy Davis Jr., Kim Novak foi dirigida por Alfred Hitchcock naquele que seria seu filme mais emblemático. Substituindo Vera Miles, primeira escolha do diretor, que havia abandonado a produção após descobrir-se grávida, a atriz teve a oportunidade de mostrar seu talento interpretando dois papéis em Um Corpo Que Cai (Vertigo). A loira afirmou certa vez: 'Do meu ponto de vista, quando li pela primeira vez aquelas linhas onde ela diz: "Eu quero que você me ame por mim", e todas as conversas naquela cena, eu me identifiquei muito com isso porque ir para Hollywood como uma jovem garota e de repente descobrir que eles querem te transformar totalmente, é uma mudança total e era como se eu estivesse sempre lutando para mostrar um pouco de mim, sentindo que eu queria estar lá também. Era como se eles penteassem meu cabelo e refizessem um monte de coisas. Então eu realmente me identifiquei com o fato de alguém que estava sendo substituído pelo ressentimento, pelo desejo, precisando de aprovação e querendo ser amado e disposto, eventualmente, a fazer qualquer coisa para conseguir isso mudando seu cabelo e todas essas coisas. E então quando Judy aparece, é outra história e então quando ela tem que passar por essa mudança. Eu realmente me identifiquei com o filme porque dizia: "Por favor, veja quem eu sou. Apaixone-se por mim."

Com Alfred Hitchcock nos bastidores de 'Um Corpo Que Cai'

Voltou a se reunir com James Stewart ainda no mesmo ano, na comédia-romântica 'Sortilégio de Amor' (Bell, Book and Candle), que provou-se um sucesso de bilheteria, ao contrário do primeiro encontro dos dois. Embora o longa de Hitchcock tenha o merecido reconhecimento nos dias de hoje, na época de seu lançamento foi um fracasso de público e crítica; Protagonizou ao lado de Fredric March o drama 'Crepúsculo de uma Paixão' (Middle of the Night, 1959), o qual afirmou ser seu desempenho favorito. Seus trabalhos seguintes foram os bem-sucedidos 'O Nono Mandamento' (Strangers When We Meet, 1960) e 'Aconteceu Num Apartamento' (The Notorious Landlady, 1962). Após um contrato independente com outra produtora, apareceu na comédia 'Uma Vez Por Semana' (Boys 'Night Out, 1962) e na refilmagem de 'Servidão Humana' (Of Human Bondage, 1964), ambos sem muito destaque. 

Em cena de 'Sortilégio de Amor'

Seu próximo projeto foi na comédia de Billy Wilder 'Beija-me, Idiota!' (Kiss Me, Stupid, 1964), que acabou tendo problemas com a Legião da Decência por conta de piadas consideradas apimentadas demais. No ano seguinte, interpretou a personagem- título em 'As Aventuras Escandalosas de uma Ruiva' (The Amorous Adventures of Moll Flanders, 1965), inspirado em 'As Aventuras de Tom Jones' (Tom Jones,1963), protagonizado por Albert Finney. Foi escada para o drama sobre ocultismo 'O Olho do Diabo' (Eye of the Devil, 1966), ao lado de David Niven e Sharon Tate, mas acabou se retirando da produção, sendo substituída por Deborah Kerr. Cansada da sequência exaustiva de gravações e emocionalmente abalada após um deslizamento de terra que destruiu sua casa, a atriz decidiu deixar Hollywood e diminuir o ritmo de trabalho.

A atriz em seu refúgio em Big Sur

Após sua mudança, passou a dedicar-se à pintura, à poesia e começou a compor músicas, que chegaram a ser gravadas por cantores como Harry Belafonte. Voltou ao cinema no longa 'A Lenda de Lylah Clare' (The Legend of Lylah Clare, 1968), que teve uma péssima recepção e foi fortemente criticado. Sem que ela soubesse, o diretor Robert Aldrich decidiu dublar sua voz em diversas cenas, já que sua personagem deveria ter um forte sotaque alemão. Seu último filme na década de 60 foi 'O Grande Roubo do Banco' (The Great Bank Robbery, 1969). Nos anos subsequentes, a atriz apareceu em filmes esporadicamente, com destaque para 'Testemunha da Loucura' (Tales That Witness Madness, 1973), 'Apenas um Gigolô' (Just a Gigolo, 1979), 'A Maldição do Espelho' (The Mirror Crack'd, 1980), 'As Crianças' (The Children, 1990) e 'Liebestraum - Atração Proibida' (Liebestraum, 1991), além de participações em programas de televisão. Aposentou-se definitivamente em 1992.
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Sobre atrizes e relacionamentos abusivos - Parte I

Por definição, a palavra abusivo significa 'Aquilo que constitui abuso, extrapolação de direitos; Contrário às regras, às leis, à justiça; excessivo'.  Ao contrário do que muitos pensam, um relacionamento abusivo não é qualificado apenas quando existem casos de estupro ou agressão física. A violência psicológica é extremamente comum neste tipo de relação, havendo todo tipo de tentativa de ataque moral e de controle sobre cada movimento da pessoa. Iludidos pela falsa imagem de glamour passada através de sorrisos e publicidades, acreditamos que as vidas dos artistas eram repletas de perfeição e riqueza, ignorando o fato de que até mesmo as maiores deusas do cinema precisaram enfrentar um problema que apenas agora vem sendo combatido de maneira aberta.

Para não ficar muito extensa, esta matéria será dividida em algumas partes. Confira abaixo alguns casos:

Hedy Lamarr


Antes de ir para Hollywood, onde tornou-se conhecida como a mulher mais linda do mundo, Hedy Lamarr precisou se disfarçar de criada para fugir do controle de seu primeiro marido. Em 1933, então com 18 anos, a jovem Hedwig casou-se com o comerciante de armas e munições Friedrich Mandl, de 33 anos. Considerado o terceiro homem mais rico da Áustria, não só flertava com o fascismo como mantinha relações comerciais com Benito Mussolini e Adolf Hitler, que chegaram a participar das luxuosas festas na residência do casal. Entusiasta de novas tecnologias militares, Mandl muitas vezes levava sua esposa às suas reuniões de negócios. Foi nesta época que ela descobriu seu interesse científico, que alguns anos depois a faria inventar o sistema utilizado nos dias de hoje em dispositivos sem fio, através de sinais de rádio. Mas este já é um assunto para outro artigo! Descrito como um legítimo tirano, Friedrich Mandl fazia de tudo para impedir a carreira cinematográfica da jovem aspirante a atriz com quem se casara. Após sua aparição no filme Êxtase (1933), onde podia ser vista com os seios expostos e protagonizando a primeira cena de orgasmo da história do cinema, Mandl fez todo o possível para comprar todas as cópias do longa espalhadas pela Europa e passou a manter a esposa prisioneira em sua própria casa, tendo permissão para sair apenas se estivesse acompanhada por um criado de sua confiança. Tendo cada passo controlado pelo marido, Hedy começou aos poucos a planejar sua fuga. Certa noite, convenceu seu esposo a deixa-la usar uma enorme quantidade de jóias durante um jantar. Nesta mesma oportunidade, conseguiu drogar uma das criadas que lhe vigiava, vestiu-se como uma empregadas da mansão e fugiu, com destino a Paris, onde conseguiu divorciar-se, em 1937. Em sua autobiografia, Lamarr escreveu 'Eu sabia desde muito cedo que nunca poderia ser uma atriz enquanto fosse sua esposa .. Ele era o monarca absoluto em seu casamento .. Eu era como uma boneca. Eu era como uma coisa, algum objeto de arte que tinha que ser guardado - e preso - sem mente, sem vida própria.'

Hedy com Friedrich Mandl

Gloria Swanson


Um ano após contracenarem em Sweedie Goes to College (1915), a jovem atriz de 17 anos Gloria Swanson casou-se com seu colega de elenco Wallace Beery, de 30. Boêmio e com um fraco para bebidas, o ator encantou-se pela adolescente e manteve-se um cavalheiro até o dia da cerimônia. O conto de fadas perdeu seu encanto mais rápido do que Gloria poderia imaginar, em plena lua de mel. Em sua autobiografia, 'Swanson on Swanson' ela descreve em detalhes o ocorrido: 'Eu estava escovando meus cabelos quando ele entrou no quarto. Ele me deu uma olhada que fez com que eu me afastasse, mas ele não disse nada. Então ele apagou a luz e na escuridão me puxou para ele. Eu dei em tom de brincadeira uma ordem para parar que eu pensei que o faria rir. Ainda assim ele não disse nada. Ele me virou e me empurrou para trás até eu cair na cama. Ele caiu ao meu lado, e não havia nada de romântico sobre a maneira como ele começou a repetir que eu estava deixando-o louco. Ele estava empurrando as mãos sobre mim e puxando minha camisola até eu ouvi-la rasgar. Eu implorei a ele para parar, esperar, acender a luz. Sua barba estava raspando em minha pele e eu sentia o cheio do seu hálito. Ele continuava repetindo coisas obscenas e fazendo avanços com a mão e a língua enquanto ele girava o corpo e arrancava desajeitadamente os botões dele e tirava suas roupas. Então ele forçou meu corpo a se posicionar e começou a me machucar, me machucar terrivelmente. Eu não conseguia suportar. Pedi-lhe para parar, para me ouvir e, finalmente, quando não aguentei mais, gritei.Ele me disse para ficar calada, não para acordar todo o hotel, e ele disse isso com uma voz de conspiração calma e imunda. A dor tornou-se tão grande que pensei que devia estar morrendo. Não pude me mover pela dor. Quando ele finalmente se afastou, eu podia sentir sangue em todos os lugares.' Apesar disso, ela ainda tentou manter o casamento por um tempo e ficou imensamente feliz ao descobrir que estava grávida. Beery convenceu a esposa a tomar uma medicação enganando-a sobre os motivos e sem revelar que tratava-se de um remédio abortivo. Após este segundo golpe, Gloria decidiu deixar o marido, porém o divórcio só foi oficializado em 1919.

Ava Gardner


Uma das mulheres mais bonitas do cinema, Ava Gardner notoriamente tinha um dedo podre para homens. Embora tenha tido muitos amores, a bela sempre teve relacionamentos turbulentos e repletos de brigas e traições. Após seu primeiro casamento, com o ator Mickey Rooney, Ava estava pronta para subir novamente ao altar, desta vez com o músico Artie Shaw, em 1945. Apesar de sua exuberante aparência, a atriz ainda mantinha muitas características de sua origem humilde, comportando-se muitas vezes como uma típica menina do interior da Carolina do Norte. A educação simples e os modos pouco refinados de sua esposa irritavam profundamente o culto Artie Shaw. Ele não fazia questão alguma de esconder seu desprezo e a obrigou a aprender xadrez e dedicar-se à leitura de grandes clássicos. Para manter seu casamento, Ava tentou até mesmo aprender economia. Os padrões de Shaw eram bastante elevados! Certa vez, ao flagra-la lendo o best-seller da época, 'Entre o Amor e o Pecado', fez um verdadeiro escândalo, afirmando que mulher sua não lia aquelas porcarias. Ironicamente, pouco tempo após a separação do casal, Artie casou-se novamente e adivinha com quem? Kathleen Winsor, a autora do livro em questão! Sobre a união, ela afirmou 'Ele costumava me derrubar tanto que perdi totalmente a confiança em mim mesma. Eu insisti em fazer um teste de QI porque ele me convenceu de que eu era completamente estúpida'. Mas foi ao lado do ator George C. Scott que a diva viveu momentos de verdadeira tensão. Os dois iniciaram um romance durante as filmagens de 'A Bíblia... No Início', em 1966, mas o vício em bebidas de Scott logo o tornou violento. Suas agressões eram constantes e a atriz chegava no set de gravações de óculos escuros para esconder as marcas. John Huston chegou a contratar um guarda-costas para protege-la. Gardner sempre acabava perdoando Scott, que se mostrava arrependido no dia seguinte. Durante os muitos términos do casal, o ator a perseguia e muitas vezes a agredia. Em uma ocasião, no Hotel Savoy, Ava e seu assistente tiveram que se trancar no banheiro para fugir de sua fúria. Quando voltou para Los Angeles, a situação já estava insustentável e a estrela recorreu a Frank Sinatra, de quem já havia se divorciado anos antes, pedindo-lhe ajuda para livrar-se das investidas de George C. Scott.

Rita Hayworth

Rita com seu pai

Filha de Eduardo Cansino, a jovem Margarita Carmen Cansino cresceu no meio artístico, aprendendo a dançar desde a infância, fazendo dupla nos palcos com seu pai. Ainda criança, era instruída a utilizar roupas provocantes e maquiagens pesadas para fazer suas apresentações. Apesar de trabalhar arduamente durante a infância e a adolescência como dançarina, Margarita encontrava sua maior fonte de esgotamento em sua própria casa, tendo que conviver com os abusos psicológicos e sexuais cometidos por seu próprio pai, fato mantido em segredo por grande parte de sua vida.


Em 1937, aos 18 anos, a jovem latino-americana se casou com o negociante de automóveis Eddie Judson, de 41 anos. Ao se deparar com a bela moça que tornara-se sua esposa, ele enxergou o potencial para um grande investimento que lhe traria rios de dinheiro. Outrora morena, com feições fortes e cabelos escuros, a jovem foi submetida a inúmeros tratamentos estéticos, dentre eles a dolorosa eletrólise capilar para aumentar-lhe a testa, e uma rinoplastia para afinar o nariz. Suas madeixas foram pintadas de ruivo, assim como sua pele fora clareada o máximo possível. Mas o processo rumo ao estrelato não se limitava apenas a mudanças no visual. Ser bonita não era o bastante, era preciso ter os contatos certos! Para isso, Judson não poupava esforços. Ao encontrar quem pudesse ajudar a promover-la em sua carreira, ele rapidamente negociava, oferecendo em troca da oportunidade de um trabalho ou de alguma publicidade uma noite com sua esposa. Isso mesmo, o famoso teste do sofá! Ameaçada de agressões físicas e até de desfiguração, e acreditando não ser capaz de cuidar de si mesma sozinha, Margarita aceitava ser vendida aos figurões em troca de promoção. Não demorou para um dos chefões da Columbia, Harry Cohn, encantar-se com a bela, dando-lhe uma oportunidade em um papel secundário no filme Paraíso Infernal, ao lado de Cary Grant e Jean Arthur, em 1939. Começava a surgir Rita Hayworth.
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sexta-feira, 26 de maio de 2017

10 filmes com Rita Hayworth


A ruiva mais famosa do cinema hipnotizou gerações ao tirar apenas uma luva, dançou com Fred Astaire e Gene Kelly e foi a rainha da Columbia durante a década de 40. Confira abaixo 10 dos trabalhos mais importantes de Rita Hayworth:

1- Sangue e Areia ( Blood and Sand, 1941)


Juan (Tyrone Power) filho de um toureiro famoso, tenta recapturar a glória de sua família. Uma vez graduado com o nível máximo, Juan logo se torna o maior toureiro da Espanha, e retorna para casa para casar com Carmen (Linda Darnell), sua paixão de infância. Mas quando Juan encontra Dona Sol (Rita Hayworth), uma linda e apaixonante aristocrata, ele sucumbe a suas tentações, dividindo-o entre sua apaixonada esposa e a inescrupulosa aristocrata.

2- Minha Namorada Favorita (My Gal Sal, 1942)


Cansado da rotina, o músico Paul Dresser sai de casa determinado a entrar no mundo do entretenimento. Ao conhecer a bela Sally, se apaixona por ela e compõe uma canção que se torna sucesso na voz de sua amada.

3- Bonita Como Nunca (You Were Never Lovelier, 1942)


Magnata argentino do ramo hoteleiro quer casar a bela filha primogênita com homem de sua escolha. Mas o plano vai por água abaixo quando ela se apaixona por dançarino americano desempregado.

4- Modelos (Cover Girl, 1944)


Uma dançarina de uma discoteca do bairro norte americano do Brooklyn ganha um concurso para posar para a capa de uma famosa revista, sem saber que o dono da mesma tinha sido apaixonado pela sua avó. A sua vida de repente muda e ela começa a integrar-se na alta sociedade, sendo cortejada por um homem rico que mais tarde pede-a em casamento. Encantada com todo o glamour que a cerca, ela esquece quem realmente ama.

5- Gilda (1946)


Depois de ser surpreendido trapaceando num jogo em Buenos Aires, Farrell consegue se tornar o braço direito de Mundson, o poderoso dono do cassino. Quando Mundson apresenta a Farrell sua esposa Gilda, ele descobre que os dois têm um passado em comum.

6- A Dama de Shanghai (The Lady from Shanghai, 1947)


Michael O'Hara é um marinheiro que é contratado para trabalhar no iate do marido aleijado da bela Elsa Bannister durante uma viagem que o casal fará. Ele acaba envolvido numa perigosa trama de intriga e crime.

7- Carmen (The Loves of Carmen, 1948)


Quando o jovem soldado Don José se apaixona pela cigana Carmen, ele não percebe que a moça namora vários, inclusive o coronel, superior dele. Depois de encontrar o coronel no quarto de Carmen, Don José o mata e foge com a moça para a cova dos ladrões, sob o comando do marido cigano de Carmen. Embora enojado pelo código moral dos ciganos, Don José não consegue se libertar da bela traiçoeira.

8- Salomé (1953)


A princesa Salomé, filha do Rei Herodes da Galileia, retorna ao reino do pai após se apaixonar pelo comandante do exército. A malvada Herodíade, mãe de Salomé, planeja usar a dança da filha para que o profeta João Batista seja condenado e decapitado.

9- A Mulher de Satã (Miss Sadie Thompson, 1953)


Sadie Thompson (Rita Hayworth) é uma mulher sensual que vive na base militar americana da Ilha de Samoa. A sua vida muda radicalmente quando conhece o padre Davidson (José Ferrer), um sacerdote hipócrita que lhe faz a vida num inferno tentando desvendar o passado de Sadie...

10- Meus Dois Carinhos (Pal Joey, 1957)


Joey Evans é um cantor de segunda categoria charmoso e mulherengo, cujo grande sonho é abrir sua própria casa noturna. Apesar de ser apaixonado pela corista Linda English, ele flerta com uma viúva rica para convencê-la a financiar o negócio.
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domingo, 5 de fevereiro de 2017

5 filmes com Rita Hayworth online no Youtube


Confira abaixo alguns filmes disponíveis da ruiva mais famosa do cinema e não deixe de conferir os outros filmes online listados aqui no blog (clique aqui).

A Mulher de Satã (Miss Sadie Thompson, 1953)


Sadie Thompson (Rita Hayworth) é uma mulher sensual que vive na base militar americana da ilha de Samoa. A sua vida muda radicalmente quando ela conhece o padre Davidson (José Ferrer), um sacerdote hipócrita que lhe faz a vida num inferno tentando desvendar o passado de Sadie.


Quando os Deuses Amam (Down to Earth, 1947)


Vendo que um musical sobre si mesma não estava sendo bem produzido, Terpsichore (Rita Hayworth), a deusa da dança, vem a Terra para fazer um show na Broadway chamado "Swinging the Muses". Durante este processo, ela acaba se apaixonando por um mortal.


Os Amores de Carmen (Loves of Carmen, 1948) - Dublado


A cigana Carmen seduz um soldado e faz com que ele, após ter sido expulso do exército, se torne um fugitivo. Amor passional e assassinato logo entram em jogo.


Seis Destinos (Tales of Manhattan, 1942)


A trajetória de um fraque que foi feito especialmente para Paul Orman (Charles Boyer), um ator de teatro, que o usa durante um encontro com Ethel Halloway (Rita Hayworth), sua amante. John Halloway (Thomas Mitchell), o marido de Ethel, atira em Paul. O fraque fica com um estrago e é vendido com desconto para Harry Wilson (Cesar Romero), que está noivo. Porém quando Diane (Ginger Rogers), sua noiva, descobre que ele não se portou dignamente decide se casar com George (Henry Fonda), o melhor amigo de Harry. Assim o fraque vai parar em uma loja de roupas usadas e é comprado por Elsa Smith (Elsa Lanchester), que é casada com Charles Smith (Charles Laughton), um compositor que vai usar o fraque na noite em que regerá sua primeira sinfonia. Como está muito apertado, o fraque se rompe durante a execução da peça, quase estragando o debut de Charles. O fraque é costurado e doado para um missão beneficente, onde o gentil administrador o cede para que Larry Browne (Edward G. Robinson), um homem bom mas bastante pobre, possa ir a 25ª reunião dos colegas de faculdade. Esta noite irá provocar uma virada na vida de Larry.


O Mundo do Circo (Circus World, 1964) - Ative a legenda


Matt Masters leva seu circo para a Europa, na tentativa de escapar da bancarrota, mas acaba por perdê-lo em um naufrágio nas costas da Espanha. Enquanto procura Lili, sua amada que fugira para a Alemanha quatorze anos antes, Matt consegue reerguer seu espetáculo e torna-se grande sucesso no continente.


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