sexta-feira, 1 de julho de 2016

Olivia de Havilland completa 100 anos! Conheça fatos e curiosidades sobre a atriz


Para comemorar o 100° aniversário da maravilhosa Olivia De Havilland nada mais justo do que fazer uma matéria com fatos e curiosidades de sua trajetória, incluindo carreira e vida pessoal.

Filha de pais britânicos, Olivia nasceu em Tóquio, no Japão, no dia 1 de julho de 1916, sendo batizada como Olivia Mary de Havilland.

Olivia no colo da mãe, ao lado do pai e de duas moças que trabalhavam para a família

Olivia era irmã mais velha da também atriz Joan Fontaine, nascida em 1917. As duas nunca tiveram uma boa relação, começando sua lendária rivalidade ainda na infância.


Sua mãe lhe deu o nome 'Olivia' por causa de uma das heroínas da famosa peça de Shakespeare, Noite de Reis.


Sua estréia profissional foi no filme Sonhos de uma Noite de Verão, de 1935, interpretando a personagem Hermia. O longa é uma adaptação da peça de Shakespeare.


A atriz, no entanto, já havia tido experiências no teatro amador, tendo feito sua primeira peça em 1933. Ela interpretou o papel principal em Alice no País das Maravilhas. 



Olivia quase recusou sua primeira oferta como atriz profissional, pois seu sonho, na verdade, era ser professora de inglês.



 Seu apelido é Livvie e foi dado por sua irmã Joan, quando ainda eram crianças.



 Participou ao longo da carreira de 49 filmes, a grande maioria como atriz principal.



A atriz foi contemplada com o Oscar por duas vezes, ambas na categoria de Melhor Atriz, pelos filmes Só Resta Uma Lágrima (To Each His Own, 1946) e Tarde Demais (The Heiress, 1949).



Foi durante a cerimônia do Oscar que sua rivalidade com a irmã tornou-se ainda mais acirrada. As duas foram indicadas em 1942, Olivia pelo filme A Porta de Ouro (Hold Back the Dawn) e Joan por Suspeita (Suspicion). O clima de competição por si só já era grande, mas quando Joan saiu vencedora e ignorou as congratulações da irmã, Olivia sentiu-se humilhada e ofendida, piorando ainda mais a relação entre as duas.


Foto tirada na cerimônia, com as duas aparentemente em harmonia

Em 1947, porém, foi a vez de Olivia revidar a desfeita. Após ser anunciada como melhor atriz, Olivia devolveu o desprezo da irmã, ignorando Joan quando esta foi parabeniza-la. Joan relembrou certa vez: 'Depois que Olivia fez seu discurso, eu fui parabeniza-la, como eu teria feito com qualquer um dos vencedores. Ela deu uma olhada para mim, ignorou a minha mão, agarrou o Oscar e se afastou.'


Embora rivais, as duas permanecem sendo as únicas irmãs a terem vencido o Oscar, e as únicas a terem sido indicadas no mesmo ano.


Formou uma das duplas mais famosas do cinema com Errol Flynn, estrelando ao todo 8 filmes ao lado do ator: As Aventuras de Robin dos Bosques (The Adventures of Robin Hood, 1938), Capitão Blood (Captain Blood, 1935), A Carga da Brigada Ligeira (The Charge of the Light Brigade, 1936), Dodge City: Uma Cidade Que Surge (Dodge City, 1939), Amando Sem Saber (Four's a Crowd,1938), Meu Reino Por Um Amor (The Private Lives of Elizabeth and Essex, 1939), A Estrada de Santa Fé (Santa Fe Trail, 1940), e O Intrépido General Custer (They Died with Their Boots On, 1941). Os dois também estiveram no filme Graças à Minha Boa Estrela (Thank Your Lucky Stars,1943), mas não dividiram a cena.



Embora muitos boatos tenham surgido sobre sua relação fora das telas com Flynn, a atriz garante que os dois nunca tiveram nenhum relacionamento amoroso. Ela admite, porém, que esteve perdidamente apaixonada pelo ator.



 A atriz foi amiga de longa data de ninguém menos que Bette Davis. As duas atuaram juntas nos filmes: Somos do Amor (It's Love I'm After, 1937), Meu Reino Por Um Amor (The Private Lives of Elizabeth and Essex, 1939), Nascida Para o Mal (In This Our Life, 1942) e Com a Maldade na Alma (Hush… Hush, Sweet Charlotte, 1964), além de aparecerem em A Day at Santa Anita (1937) e Graças à Minha Boa Estrela (Thank Your Lucky Stars, 1943).



Um de seus papéis mais famosos foi o de Melanie Hamilton-Wilkes, no grande clássico E o Vento Levou, de 1939. Por seu desempenho, ela recebeu sua primeira indicação ao Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante. Embora fosse contratada da Warner, a atriz conseguiu ser emprestada para a Selznick International Pictures. Jack Warner não queria ceder, mas a atriz recorreu à esposa do chefão e acabou conseguindo seu intuito. Ao contrário da maioria das atrizes que ambicionavam o papel de Scarlett, ela sempre esteve interessada em interpretar Melanie. 


Ela acabou perdendo a disputa para sua colega de elenco, Hattie McDaniel, que se tornou a primeira atriz negra a ganhar um Oscar.


No longa, sua personagem, Melanie, é a única dentre os quatro principais que morre. No entanto, na vida real, dos quatro atores, Olivia é a única que ainda está viva. 


Embora tenha conquistado fama e sucesso, Olivia estava insatisfeita com seus trabalhos na Warner, pois sempre lhe eram oferecidos papéis de mocinha ingênua, e a atriz sentia que não conseguia demonstrar todo o seu potencial dramático e sua versatilidade. Assim como qualquer estrela da época, Olivia podia ser admirada pelo público, mas não passava de uma escrava dos estúdios, que se sentiam donos dos atores, controlando desde os filmes que faziam até, muitas vezes, seus relacionamentos. Ela começou a se rebelar e recusar diversos papéis que lhe eram dados, fazendo com que fosse suspensa por seis meses. Ela declarou certa vez: 'Eu queria fazer papéis complexos, como Melanie por exemplo, e Jack Warner me viu como uma ingênua. Eu estava muito inquieta para retratar os seres humanos mais desenvolvidos. Jack nunca entendeu isso, e ... ele me daria papéis que realmente não tinham caráter ou qualidade. Eu sabia que não seria eficaz.''


Quando seu contrato de sete anos finalmente chegou ao fim, o estúdio disse que ela teria de ficar mais seis meses trabalhando para eles, para compensar os meses perdidos por suas suspensões. Filha de um advogado, Olivia sabia que era um abuso e decidiu processar a Warner. O processo se arrastou por dois anos, nos quais ela ficou sem filmar, mas ao final, uma decisão inédita: Olivia havia vencido! Poucos atores até então ousaram se rebelar contra o sistema e os poucos que o fizeram, haviam sido mal sucedidos. A própria Bette Davis já tinha perdido seu processo contra o estúdio. Por sua vitória, Olivia passou a ser ainda mais respeitada por seus colegas e uma lei com seu nome - Lei De Havilland - ajudou a fazer valer os direitos dos atores perante os estúdios. 


Em sua vida pessoal, Olivia teve relacionamentos amorosos com James Stewart, Howard Hughes e John Huston.


A atriz foi casada duas vezes: Com Marcus Goodrich (1946 - 1953) e com Pierre Galante (1955 - 1979).


Ela teve dois filhos, um de cada casamento: Benjamin Goodrich e Gisèle Galante. Seu filho Benjamin faleceu em 1991, aos 41 anos.


A atriz é democrata liberal convicta e anti-comunista.


Em 1965, tornou-se a primeira mulher a ser presidente do juri do Festival de Cannes.


Aos 82 anos, foi premiada com o doutorado pela Universidade de Hertfordshire, Inglaterra.

Desculpem a foto, mas foi a única que achei

Em 1962, a atriz escreveu um livro, intitulado Every Frenchman Has One, contando sobre sua adaptação ao estilo de vida francês. A atriz vive em Paris desde os anos 50.


A atriz é prima de Sir Geoffrey de Havilland, um pioneiro da aviação britânica e designer de aeronaves.


Olivia é apenas a terceira ganhadora do Oscar a completar 100 anos. Os outros dois foram Luise Rainer e George Burns. A atriz é detentora do record de número de pessoas citadas em um agradecimento pelo Oscar.



2 comentários: