quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Vikings, os Conquistadores (The Vikings, 1958)


Protagonizado por estrelas do calibre de Kirk Douglas, Tony Curtis, Janet Leigh e Ernest Borgnine, o filme retrata a Era Viking, focando-se na rivalidade entre dois irmãos, que desconhecem seu parentesco e lutam pelo amor da mesma mulher, porém acabam se unindo para enfrentar um inimigo em comum. O roteiro foi baseado no livro de mesmo nome, escrito por Edison Marshall.


Um pouco sobre a história do povo

Apesar da imagem de brutalidade e violência que costuma-se ter dos vikins, geralmente associados aos piratas escandinavos, este termo também é utilizado para denominar os exploradores, guerreiros e comerciantes nórdicos, que colonizaram grandes áreas da Europa e das Ilhas do Atlântico Norte, do período compreendido entre o século VIII até ao século XI. Os países de origem dos vikings são a Noruega, a Suécia e a Dinamarca, porém seus descendentes se espalharam por diversas partes da Europa, como a costa do Mar Báltico, a Rússia Continental, a Normandia e a Inglaterra, dentro outras regiões, em sua maioria na costa. Comumente invadiam os locais e os saqueavam, muitas vezes colonizando-os. Costumavam usar lanças e machados como armas, além de viajar em embarcações chamadas drakkars (que significa dragões), por terem a cabeça do animal esculpida na frente. Por serem muito velozes, eram ideais para fugas e ataques surpresa.


Os vikings viviam em povoados e costumavam valorizar os guerreiros, no entanto a sociedade era composta por diversos trabalhadores, como pescadores, ferreiros, pastores e agricultores, dependendo da habilidade de cada um, e as profissões geralmente eram passadas de pai para filho. As mulheres eram tidas como inferiores, tendo a obrigação de serem submissas, com funções como cuidar da casa e dos filhos. Os maridos podiam ter concubinas, e tinham o direito de matar suas esposas caso fossem adúlteras, no entanto o divórcio era permitido. Os vikings eram politeístas, porém os deuses eram venerados de acordo com sua importância. Alguns dos mais adorados eram Odin e Thor.


O filme



O longa começa com a invasão dos vikings em Northumbria, liderada por Ragnar (Ernest Borgnine). Após matar o rei e saquear o local, Ragnar violenta a rainha e deixa o país junto com sua tripulação. Como o rei não tinha filhos, seu primo Aella acaba tomando o trono, sem saber que a viúva e antiga rainha, havia engravidado em decorrência do estupro que sofreu. Com medo que seu filho fosse morto, ela o envia escondido para a Itália logo após seu nascimento, apenas com um amuleto como lembrança de sua origem. O navio onde o bebê, chamado Erik, viajava também é saqueado e a criança é levada, crescendo como um escravo dos vikings, que ignoram que ele na verdade é filho de seu líder, Ragnar.


Einar (Kirk Douglas), filho legítimo de Ragnar, rei dos vikings, é um jovem forte e guerreiro, porém exibido e mulherengo. Ao conhecer o escravo Erik (Tony Curtis), que é seu o meio-irmão, se sente imediatamente ameaçado e insultado, decidindo provocar o jovem. Erik não se sente intimidado e manda seu falcão de estimação atacar Einar, que acaba perdendo um de seus olhos. Irado, o príncipe ordena que o escravo seja morto, ficando decidido que a forma mais justa de faze-lo era o deixando amarrado para que ele se afogasse quando a maré subisse. Com uma mudança nos ventos, ele acaba sendo salvo e o rei é advertido que foi o próprio Deus Odin que decidiu poupar o rapaz e que seria perigoso mata-lo e ir contra a sua vontade. Com isso, ele acaba sendo solto.


A rivalidade entre os dois fica ainda mais acirrada quando ambos se interessam por Morgana, uma bela jovem nobre, prometida em casamento a Aella. Einar, criado em uma cultura violenta, é incentivado por seu pai a usar a força para conseguir 'conquistar' jovem, que é salva por Erik. Os dois fogem para a Inglaterra, entretanto são perseguidos pelos vikings. Durante um ataque aos fugitivos, Ragnar acaba caindo na água e é capturado por Erik, que o leva como prisioneiro para Aella, em busca da aprovação do monarca. O cruel Aella ordena que Ragnar seja jogado num poço cheio de lobos famintos. De acordo com a crença viking, era necessário estar com a espada nas mãos para a prosperidade após a morte e Ragnar implora para que seu último pedido seja realizado. Compadecido, Erik acata a súplica, para a ira de Aella, que em represália manda que cortem a mão esquerda do escravo, colocando-o de volta no barco, deixado à deriva. Para salvar a amada e se vingar do tirado, Erik procura a ajuda improvável de seu rival, Einar, contado o que havia ocorrido e propondo um acordo para destruírem o rei e livrarem Mogarna de suas garras.


Curiosidades


- Embora interpretem pai e filho, a real diferença de idade entre Ernest Borgnine e Kirk Douglas era de apenas um mês e meio. Douglas, apesar de já estar na casa dos 40 na altura das filmagens, interpreta um jovem de 20 e poucos anos.

- Os barcos utilizados no filme, foram construídos com base em reais barcos vikings, que se encontravam em um museu na Noruega. No entanto, as medidas tiveram que ser alteradas, já que os atores eram mais altos do que os homens da época, e não conseguiriam remar sem bater uns nos outros.

- As lentes de contato usadas por Kirk Douglas para simular seu olho cego eram extremamente dolorosas, e o ator só conseguia usa-las por alguns momentos.

O filme acaba de ser lançado pela Classicline e pode ser encontrado nas melhores lojas do ramo. Clique aqui para adquirir o seu.

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