Mas, aqui, o que vamos explorar são casais que por algum motivo já não são mais tão lembrados assim pela grande maioria das pessoas. Vou separá-los em três categorias: Casados, namorados e casos.Vou fazer essa divisão porque nos relacionamentos assumidos geralmente existem mais provas, já em casos (que muitas vezes são extraconjugais) nem sempre existem registros e informações que não sejam de veículos de fofoca.
Casados oficialmente
Ava Gardner e Mickey Rooney
Jane Wyman e Ronald Reagan
Os dois se conheceram quando trabalharam juntos no longa 'Os Cadetes do Barulho' (Brother Rat, 1938). Após um breve namoro, ficaram noivos e se casaram em 26 de janeiro de 1940. O casal teve duas meninas, Maureen Elizabeth Reagan, nascida em 1941, e Christine Reagan, que morreu um dia após seu nascimento, em 1947. Eles também adotaram um filho, Michael Edward Reagan, que nasceu em 1945. Eles se divorciaram oficialmente em 1949, com a alegação de diferenças políticas. Curiosamente, a atriz era republicana registrada, enquanto Reagan, nesta época, ainda era democrata.
Joan Blondell e Dick Powell
Joan Blondell e Dick Powell casaram-se em 19 de setembro de 1936. Os dois já haviam trabalhado juntos em diversos filmes, como 'Cavadoras de Ouro' (Gold Diggers of 1933), Belezas em Revista (Footlight Parade, 1933) e 'Gondoleiro da Broadway' (Broadway Gondolier, 1935). Em 1938, eles tiveram uma filha, Ellen Powell. O ator também adotou o filho do casamento anterior de Blondell, Norman Scott Powell, nascido em 1935. O casamento terminou em divórcio em 1944.
Margaret Sullavan e Henry Fonda
Os dois atores se casaram muito jovens, em 25 de dezembro de 1931, enquanto ambos se apresentavam com os University Players (uma companhia de teatro universitária) em sua temporada de inverno em Baltimore, Maryland. O casamento durou apenas alguns meses e o divórcio foi finalizado em 1933. Posteriormente, chegaram a trabalhar juntos em 'Vivendo na Lua' (The Moon's Our Home, 1936), onde o romance foi brevemente reacendido. Apesar da separação, eles permaneceram grandes amigos por toda a vida.
Paulette Goddard e Burgess Meredith
Por mais que já tivessem atuado juntos no musical 'Amor da Minha Vida' (Second Chorus, 1940), Paulette Goddard e Burgess Meredith se casaram apenas em 1944, em uma cerimônia na casa de David O. Selznick, em Beverly Hills. Durante o período em que estiveram casados, dividiram as telas também nos filmes 'Segredos de Alcova' (The Diary of a Chambermaid, 1946) e 'Nosso Alegre Caminho' (On Our Merry Way, 1948). Embora Paulette nunca tenha tido filhos, sua única gravidez conhecida pelos biógrafos aconteceu durante a união com Meredith, em 1944, que culminou em um aborto espontâneo. Os dois se divorciaram em 1949.
Namorados
Olivia de Havilland e James Stewart
Era prática comum em Hollywood que os agentes persuadissem seus pupilos a irem juntos em grandes eventos para atrair a atenção da mídia. James Stewart foi convidado a acompanhar a jovem estrela Olivia de Havilland na pré-estreia de 'E o Vento Levou' (Gone With the Wind) em Nova York, no final de 1939. Muito tímidos, os dois logo criaram uma conexão e iniciaram um romance em 1940. Inseparáveis, eles iam juntos a shows e jantares, faziam passeios de carro e se divertiam muito na companhia um do outro. Jimmy chegou até a propor casamento mas Olivia recusou, sabendo que seria um passo precipitado e impulsivo. O namoro chegou ao fim quando o ator se alistou no exército, no começo de 1941. Os dois tentaram manter contato mas o relacionamento já havia esfriado. A atriz chegou a ser convidada para estrelar 'A Felicidade Não Se Compra' (It's a Wonderful Life, 1946), mas recusou por achar que seria estranho fazer par romântico com seu ex.
Norma Shearer e George Raft
Viúva do produtor Irving Thalberg, falecido em 1936, Norma Shearer estava solteira novamente após quase 10 anos de casada. Depois de alguns breves romances, a atriz engatou um namoro com George Raft por volta de 1940. Os dois eram vistos em diversos eventos públicos e pareciam bastante apaixonados. O relacionamento era tão sério que o ator até planejava pedi-la em casamento. Entretanto, um pequeno detalhe o impediu de seguir adiante: Ele já era casado. Embora estivesse há muito separado de Grace Mulrooney, sua esposa desde 1923, ela se recusava terminantemente a conceder-lhe o divórcio sem uma generosa compensação financeira. Percebendo a falta de empenho de Raft em se divorciar, Norma constatou que a relação não teria futuro e optou por terminar de vez com o astro em 1941.
Leslie Caron e Warren Beatty
Pier Angeli e Kirk Douglas
Dolores Del Río e Orson Welles
Ainda adolescente, Orson Welles se apaixonou platonicamente por Dolores Del Río ao assistir 'Ave do Paraíso' (Bird of Paradise, 1932). Alguns anos mais tarde, já como uma jovem promessa do cinema, Welles teve a oportunidade de conhecer pessoalmente a beldade mexicana durante uma festa em Hollywood, em 1939. Nem a diferença de onze anos de idade, nem o fato de ambos serem casados, impediu que a imediata atração entre os dois se transformasse em um romance. Já divorciados de seus respectivos parceiros, apareciam frequentemente juntos em público. A atriz era seu porto seguro durante as filmagens de 'Cidadão Kane' (Citizen Kane, 1941), considerada sua obra-prima. Os dois também trabalharam juntos na produção 'Jornada do Pavor' (Journey Into Fear, 1943). Com as polêmicas geradas com 'Cidadão Kane', Welles passou a ser perseguido pelo magnata William Randolph Hearst, considerado a inspiração para o personagem principal. Para evitar problemas, o cineasta foi enviado para o Rio de Janeiro, com o intuito de gravar um documentário no país, intitulado 'It's All True', ajudando também a estreitar os lados entre Brasil e EUA. Ao chegar no país, Welles não resistiu à boemia carioca e passou a frequentar as agitadas noites da cidade, além de ter inúmeros casos. Com a falta de respostas às suas cartas, aliada ao declínio de sua carreira em Hollywood, Dolores Del Río optou por retornar ao México, onde foi um dos maiores nomes da Era de Ouro do Cinema Mexicano. Apesar do término nada respeitoso, muitos consideram que a atriz tenha sido o grande amor da vida de Orson Welles.
Casos
Barbara Stanwyck e Robert Wagner
Judy Garland e Tyrone Power
O relacionamento entre os dois astros começou em 1943. Na época, Judy Garland ainda era legalmente casada com o compositor David Rose, porém o casal já estava separado. Tyrone Power era casado com a atriz Annabella. Embora breve, o caso entre os dois foi intenso e apaixonado, com Garland chegando a engravidar do ator. Louis B. Mayer, chefe da MGM, e um lendário tirano com seus contratados, tinha em Judy Garland uma de suas principais vítimas, já que a atriz era uma das estrelas mais rentáveis do estúdio. Mayer contratou uma assistente particular para sua pupila, que na realidade era sua informante sobre todos os passos da jovem. Judy foi obrigada por Mayer e pela mãe a fazer um aborto, já que uma gravidez nestas circunstâncias teria um enorme impacto em sua imagem pública. Sobre o fim do relacionamento, há os que acreditam que o motivo foi a relutância de Power em se divorciar. Há também a versão de que Mayer fez com que Judy acreditasse que o ator lia suas cartas em voz alta para os soldados, visto que neste período ele estava servindo ao exército durante a Segunda Guerra.
Jean Seberg e Clint Eastwood
O filme 'Os Aventureiros do Ouro' (Paint Your Wagon, 1969) une dois gêneros bem diferentes, o faroeste e o musical, fazendo os 'durões' Clint Eastwood e Lee Marvin soltarem a voz. Para além do excêntrico enredo, os bastidores do longa também formaram um casal aparentemente inusitado, com o já consolidado herói de 'Bang Bang' Eastwood e a sofisticada Jean Seberg. A atriz conciliava sua carreira em Hollywood com seu título de musa da nouvelle vague francesa. Apesar de ambos serem casados na época, apenas um deles mergulhou de cabeça na relação. Perdidamente apaixonada, Jean pediu o divórcio para seu marido, o romancista Romain Gary, na esperança de iniciar oficialmente um namoro com seu colega de elenco. Porém, apesar de ter se encantado com a sensibilidade e a delicadeza de Seberg, Clint não tinha a menor intenção de se divorciar de sua esposa, Maggie Johnson. O astro, que possui até alguns filhos fora de seus casamentos, era abertamente infiel. Uma de suas amantes, inclusive, chegou a fazer figuração em 'Os Aventureiros do Ouro', sem que Seberg soubesse. Para o enorme choque e decepção da atriz, quando as gravações foram encerradas, o caso entre os dois também teve seu fim decretado. Quando se reencontraram novamente nos corredores do estúdio, Clint passou a tratá-la friamente, apenas como uma mera conhecida, para o consternamento da estrela.
Vivien Leigh e Peter Finch
Ao lado de Laurence Olivier, com quem se casou em 1940, Vivien Leigh formava um dos casais mais respeitados do cinema e do teatro. Entretanto, fora dos olhares do público, a relação entre os dois há muito já havia desmoronado. A atriz, diagnosticada com bipolaridade, sofria com as constantes oscilações de humor. Seus hábitos nada saudáveis, como cigarros e bebidas em excesso, aliados à carência em tratamentos eficazes para doenças psiquiátricas na época, a deixavam ainda mais vulnerável. Apesar do grande amor que sentiam, os constantes colapsos mentais de Vivien acabaram enfraquecendo a relação entre os dois. Não eram raras as infidelidades da atriz durante seus episódios de mania. Em 1953, com o início das gravações do filme 'No Caminho dos Elefantes' (Elephant Walk), com locações no Ceilão, Peter Finch foi escalado como um dos protagonistas. O ator, que era casado com Tamara Finch, e um velho amigo do casal, foi escolhido para ajudar a tomar conta de Vivien. Inebriados com o clima quente e exótico do país, os dois iniciaram um relacionamento amoroso regado a álcool e conversas sob as estrelas. Apesar do romance, a atriz teve diversos surtos durante as filmagens, chegando a perseguir Finch o chamando de Larry. Com algumas cenas mental e fisicamente desafiadoras no roteiro, a produção percebeu que Leigh não teria condições de continuar no projeto. Laurence Olivier foi notificado sobre o estado de sua esposa e Elizabeth Taylor foi contratada para substituí-la no papel principal.
Audrey Hepburn e Ben Gazzara
Após separar-se de Mel Ferrer, Audrey Hepburn tinha encontrado o amor novamente, desta vez ao lado do psiquiatra italiano Andrea Dotti. Decidida a fazer o casamento dar certo, ela chegou a se aposentar do cinema em 1967 e foi morar na Europa, dedicando-se exclusivamente à família. Mas seu castelo de cartas logo ruiu, diante das inúmeras infidelidades do marido, que procurava mulheres mais jovens em suas aventuras. Diante do iminente fracasso de seu segundo matrimônio, a atriz voltou a aceitar eventuais convites para atuar. Em 1979, ela foi escalada para protagonizar 'A Herdeira' (Bloodline), adaptação da obra de Sidney Sheldon, que contava com um elenco estelar. Dentre seus colegas, estava Ben Gazzara. Os dois passavam por situações parecidas em seus respectivos relacionamentos. Segundo o próprio ator 'Ela estava infeliz em seu casamento e sofrendo. Eu estava infeliz e sofrendo em meu casamento. Nos unimos e demos consolo um ao outro e nos apaixonamos, mas era impossível. Ela tinha uma vida na Europa, na Suíça. Eu estava em Los Angeles com outra vida. A vida atrapalhou o romance.' Apesar do término, eles atuaram juntos novamente em 'Muito Riso e Muita Alegria' (They All Laughed, 1981).
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