segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

#3 Você indica: Carla Marinho

Novamente eu esqueci do quadro que eu mesma inventei! HAHAHAHAHA Mas aqui estou eu de volta, dessa vez com a lista da minha amiga querida, Carla Marinho. Pra quem não sabe, ela é dona de um dos maiores e melhores sites de cinema do Brasil, o Cinema Clássico, que também tem uma página no facebook, com o mesmo nome e a mesma qualidade. Confira abaixo as indicações dela, com os links para renha no site:


'Para mim é muito difícil escolher somente alguns filmes e com certeza há muitos que eu amaria incluir. Mas como são apenas 10, tentarei contemplar aqueles que me tocaram de alguma maneira. Espero que curtam.'


1- Do Mundo nada se Leva (You Can't Take It with You, 1938)

'Filmes do Capra sempre me deixam com a sensação de que o mundo tem jeito, e que de uma hora para outra as coisas se resolverão. São ótimos para vermos em uma tarde chuvosa, quando estamos tristes ou quando simplesmente queremos nos manter alegres. Eu poderia citar vários dele, mas esse é meu favorito.'




Sinopse: Tony Kirby, o filho de um empresário rico e influente, resolve se casar com Alice Sycamore, uma moça simples, pertencente a uma família de pessoas extrovertidas e amalucadas, o que gera um choque de comportamentos. Enquanto isso, o pai do rapaz pretende erguer um importante empreendimento e já comprou todos os imóveis da região onde a família de moça vive, com exceção da casa dela. Como a família da moça se recusa a vender a casa, e sem este imóvel o projeto não pode ir adiante, eles acabam se enfrentando. (Resenha)

2- Noites de Cabíria (Le notti di Cabiria, 1957)

'Esse é o mais sensível dos filmes fellinianos. Giuletta Masina entrou definitivamente para minha lista de melhores atrizes com sua performance aqui. Acho que todos temos um pouco de Cabíria, afinal. Todos queremos amor e o buscamos, seja em qual esfera for. A vontade que eu tenho é de botar ela no colo e ninar. Meu amor por Cabíria é tanto que dei seu nome ao meu cineclube.'


Sinopse: O filme conta a história de Cabiria, uma romântica prostituta que esta sempre em busca do amor, mas é constantemente humilhada. Um filme tragicômico que traz momentos fantásticos da vida dessa mulher que não desiste de sonhar. (Resenha)

3- Manhattan (1979)

'Sempre lembro do diálogo em que ela está para partir e comenta com ele que depois de uns meses se verão novamente. Ele fala que ela o terá esquecido. Ela responde que ele não deve pensar que as pessoas são todas iguais, que ela não é assim. E dessa maneira, se estabelece aquela pequena esperança que as coisas realmente serão diferentes. Todo meu amor por esse filme que tem uma fotografia maravilhosa e ótimos diálogos.'


Sinopse: Um escritor de meia-idade divorciado (Woody Allen) se sente em uma situação constrangedora quando sua ex-mulher decide morar com a companheira e publicar um livro, no qual revela assuntos muito particulares do relacionamento deles. Neste período ele está apaixonado por uma jovem de 17 anos (Mariel Hemingway), que corresponde a este amor.

4- Estação Central do Cairo (The Iron Gate, 1958)

'Estação Central do Cairo estava na minha lista de filmes para assistir há algum tempo, desde que vi o documentário "História do Cinema, uma Odisséia". No documentário esse filme é citado como uma joia do cinema egípcio, que por esse período não era muito desenvolvido e de fato pude conferir isso. Uma ótima fotografia, diálogos ágeis, boas interpretações. O filme também traz cenas de pura sensualidade, o que foi inesperado para mim, tendo em vista o que o Oriente Médio é hoje.'


Sinopse: Dirigido e protagonizado por Youssef Chahine, o filme egipcio Estação Central do Cairo (Bab El Hadid) traz a história de Qinawi, um homem deficiente físico que é contratado para trabalhar na Estação do Cairo. Qinawi é obcecado por mulheres, e como é muito discriminado por sua situação física, a única maneira de as ter é através das figuras que prega em seu pequeno quarto. Mesmo assim ele se apaixona pela bela Hanuma (Hend Rostom). Apesar dela estar apaixonada por outro homem, brinca com os sentimentos de Qinawi, que nutre esperanças de um dia casar com ela. Após ser rejeitado por Hanuma, temos a grande questão do filme, seria Qinawi um fruto de sua realidade ou um psicopata? (Resenha)

 5- Baleias de Agosto (The Whales of August,1987)

'Esse filme é um tiro em meu coração. Repleto de ternura, olho aquelas duas grandes atrizes interpretando duas irmãs e só penso na grande contribuição que deram ao cinema. A história é comovente e traz duas de minhas atrizes preferidas, além do Vincent Price.'


Sinopse: As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. 

6- Matrimônio à italiana (Matrimonio all'italiana, 1964)

'Mais um que dificilmente sairá de minha lista, e que faço questão de rever a cada ano. Sophia e Marcelo. Com tanto amor envolvido, o resultado não poderia ser outro: uma deliciosa comédia que oculta a triste história de Filumena. '


Sinopse: Sophia Loren é Filumena, uma mulher que vive um romance de muitos anos com o mulherengo Domenico. Apesar de ter uma vida em comum ele se nega a casar-se com ela. Talvez o melhor filme da dupla.

7- Farrapo Humano (The Lost Weekend, 1945)

'Sabe, Wilder é conhecido sobretudo por causa de suas comédias, mas ele foi tão divino em outros gêneros. Separei esse filme pelo tocante tema. Creio que foi um dos primeiros a trata-lo com a seriedade que merecia. Aplausos para o Ray Milland e pela direção absurda do Wilder.'


Sinopse: Em Nova York, Don Birman (Ray Milland) sonhava ser escritor, mas não consegue seu objetivo por estar sofrendo de um bloqueio. Assim, é completamente dominado pelo álcool e passa a ter como única meta obter dinheiro para continuar se embriagando, se esquecendo que as pessoas que o rodeiam sofrem por vê-lo neste estado e tudo fazem para afastá-lo da bebida. Mas enquanto a namorada, Helen St. James (Jane Wyman), editora de uma revista, quer ajudá-lo, ele bebe cada vez mais.

8- Vidas Amargas (East of Eden, 1955)

'Mais um que revejo anualmente e cuja trilha sonora me acompanha. O filme aborda o segundo livro que trata dos dois irmãos. E ao ler só consigo enxergar o James Dean como o Cal, irmão injustiçado e que também tenho vontade de colocar no colo.'


Sinopse: No Vale das Salinas, na Califórnia, na época da Primeira Guerra Mundial, Cal Trask (James Dean) disputa com o irmão Aaron (Richard Davalos), o "menino de ouro" da família, o amor de seu pai. Cal se sente solitário, e desde a infância luta pela atenção do pai, que não esconde sua preferência pelo outro filho. Só que uma surpresa muda um pouco as coisas: Cal descobre que sua mãe, dada como morta há muito tempo, mora perto dele. Ele vai fazer um empréstimo com ela, que virou prostituta, para salvar a fazenda da família e ganhar a aprovação do pai.

9- O Mundo de Apu (Apur Sansar, 1959)

'Em uma das cenas mais significativas do cinema mundial, o personagem Apu joga fora os manuscritos de seu único livro escrito. Depois de tantas lutas e abandonos, ele retorna à natureza cansado de lutar. Aqui temos um homem desiludido e sem perspectivas, curvando os ombros após os devaneios de uma vida que lhe foi madrasta. Jogando fora os manuscritos ele apaga os rastros do passado e tenta esquecer-se de si mesmo enquanto as folhas espalham-se pela floresta. Ele respira novamente a natureza, e ela engole as páginas de sua vida. Eis meu motivo para amar este filme. Sua simbologia e sensibilidade.'


Sinopse: Apu (Soumitra Chatterjee) é um estudante recém-formado e desempregado que sonha em ser escritor. O amigo Pulu (Swapan Mukherjeeo) o convida para um casamento, onde uma grande confusão acontece e Apu acaba casado com a noiva, Aparna (Sharmila Tagore). Os dois seguem para Calcutá, mas um trágico destino os aguarda. (Resenha)

10- O Garoto (The Kid, 1921) 

'Esse sempre será o filme de minha vida. Foi com ele que me apaixonei por Chaplin, e por que não dizer, pelo cinema. Ele é o culpado por todo o amor que desenvolvi pelo vagabundo. De quando Chaplin nos deixou confusos, sem saber se ríamos ou chorávamos.'

Sinopse: Uma mãe solteira deixa um hospital de caridade com seu filho recém-nascido. A mãe percebe que ela não pode dar para seu filho todo o cuidado que ele precisa, assim ela prende um bilhete junto a criança, pedindo que quem o achar cuide e ame o seu bebê, e o deixa no banco de trás de um luxuoso carro. Entretanto, o veículo é roubado por dois ladrões, que, quando descobrem o menino, o abandonam no fundo de uma ruela. Sem saber de nada, um vagabundo faz o seu passeio matinal e encontra a criança. Inicialmente, o homem quer se livrar dele, mas diversos fatores sempre o impedem e, gradativamente, ele passa a amá-lo. Enquanto isso, a mãe se arrepende e tenta reencontrar seu filho, mas quando descobre que o carro foi roubado, pensa que nunca mais verá sua criança. (Matéria sobre o reencontro dos dois)

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