domingo, 22 de dezembro de 2024

Curiosidades e bastidores de 'O Mágico de Oz' (The Wizard of Oz, 1939)

 



Dirigido por Victor Fleming e estrelado por Judy Garland, 'O Mágico de Oz' (The Wizard of Oz, 1939) é considerado um dos maiores filmes do cinema de todos os tempos. Apesar da atemporalidade presente em qualquer clássico, a história vem ganhando novas roupagens e sendo apresentada para as novas gerações em longas como 'Oz: Mágico e Poderoso' (Oz: The Great and Powerful, 2013) e, atualmente, a superprodução 'Wicked' (2024), que abordam o enredo sob a ótica de outros personagens.

Pensando nisso, aqui vai uma postagem para satisfazer tanto os amantes da versão de 1939 quanto os novos espectadores, que desejam saber mais sobre a história original de 'Oz', com diversas curiosidades e bastidores da produção:


  • A história foi criada pelo escritor L. Frank Baum (foto abaixo) e publicada originalmente em 17 de maio de 1900, com o título de 'O Maravilhoso Mágico de Oz' (The Wonderful Wizard of Oz). O livro tornou-se rapidamente um sucesso de vendas, sendo adaptado para o teatro e para o cinema. Devido ao enorme êxito, o autor publicou mais 13 sequências da história. Após a morte de Baum, a editora contratou outros autores para dar continuidade à obra, que tem cerca de 40 livros oficiais.


  • Engana-se quem pensa que a adaptação de 1939 foi a primeira a ser realizada. Em 1902, apenas dois anos após a publicação do livro, o musical 'O Mágico de Oz' (The Wizard of Oz) estreou em Chicago. Após uma turnê, o espetáculo chegou à Broadway em 1903. Ao longo da década, foram feitas centenas de apresentações nos palcos. 

  • Já nas telas, o curta-metragem 'O Mágico de Oz' (The Wonderful Wizard of Oz) foi lançado em 1910, estrelado por Bebe Daniels (foto abaixo). Em 1925, estreou o longa-metragem 'O Feiticeiro de Oz' (The Wizard of Oz), com Dorothy Dwan no papel principal.

  • Judy Garland tinha 16 anos durante as filmagens, precisando conciliar as gravações com os estudos. Entretanto, a jovem atriz precisou usar uma espécie de cinta para parecer mais nova e para diminuir o tamanho dos seios. Além disso, ela fez diversos testes de penteado e figurino, até ser escolhido seu icônico visual como Dorothy.

  • Richard Thorpe (foto abaixo, com Judy Garland) foi originalmente o diretor contratado para estar à frente de 'O Mágico de Oz'. O cineasta é conhecido por seu trabalho na série de filmes do 'Tarzan', com Johnny Weissmuller, além de clássicos como 'Ivanhoé, o Vingador do Rei' (Ivanhoe, 1952). No entanto, suas decisões durante a produção do musical, não agradaram ao estúdio, que o demitiu após duas semanas. Interinamente, George Cukor supervisiou alguns detalhes, embora não tivesse pretensão de assumir o projeto. Victor Fleming foi escolhido como substitudo oficial para o cargo. Ao final da produção, Fleming deixou o cargo para dirigir 'E o Vento Levou' (Gone With the Wind, 1939). Assim, King Vidor foi chamado para dirigir algumas das sequências finais. 

  • Um dos maiores erros cometidos por Thorpe foi em relação à caracterização de Judy Garland. O diretor optou por utilizar uma peruca loira na atriz, além de uma maquiagem um pouco forte, como a de uma boneca. O visual final era completamente contrário ao de uma jovem de 13 anos do interior do Kansas, como deveria ser a personagem Dorothy. Após a demissão do diretor, o comando foi interinamente assumido pelo experiente George Cukor. Embora Fleming tenha sido contratado oficialmente para o cargo, foi Cukor quem suavizou o visual de Judy Garland, instruindo que ela se comportasse natualmente e deixasse de lado a peruca e a maquiagem anterior. 

  • Outra personagem que se beneficiou da breve mas valiosa contribuição de Cukor foi a grande vilã do longa. Interpretada por Margaret Hamilton, a Bruxa Má do Oeste usava os cabelos soltos durante a 'Era Thorpe'. George Cukor achou mais interessante puxar as madeixas para trás, deixando o rosto da bruxa em evidência.



  • Margaret Hamilton não foi a primeira escolha para interpretar a Bruxa Má do Oeste. Anteriormente, a atriz Gale Sondergaard havia sido sondada para o papel, chegando a fazer diversos testes de imagem, com diferentes maquiagens e figurinos. Entretanto, ela acabou declinando quando os produtores decidiram que a personagem precisava ser feia e até mesmo assustadora. 

  • Ainda sobre trocas no elenco, Jack Haley acabou sendo escalado como o 'Homem de Lata' após a dramática saída de Buddy Ebsen. Conhecido principalmente por estrelar a série 'A Família Buscapé' (The Beverly Hillbillies, 1962 - 1971), Ebsen foi a escolha original para o personagem. Entretanto, após alguns dias de gravação, o ator começou a apresentar uma forte reação alérgica por conta da maquiagem usada em sua caracterização. Com alumínio na composição, ele precisou ser até hospitalizado devido à intoxicação. Com isso, Haley ficou com o papel e a fórmula da maquiagem foi devidamente modificada.

  • Desconforto seria uma palavra suave para definir a situação dos atores durante as gravações. Todos os personagens principais encontraram desafios com suas caracterizações. Margaret Hamilton precisava ser pintada de verde, com o detalhe da tinta ser tóxica. Já os fiéis escudeiros de Dorothy, interpretados por Ray Bolger (Espantalho), Bert Lahr (Leão Covarde) e Jack Haley (Homem de Lata) disputavam quem usava a fantasia mais incômoda. As inúmeras luzes do estúdio faziam com que a temperatura ficasse quase insuportável dentro dos figurinos. A máscara de borracha do Espantalho era quente e apertada, quase sufocando Bolger algumas vezes. Já a roupa usada por Lahr era pesada e o fazia suar tanto que precisava ficar secando de um dia para o outro. Algumas fontes afirmam, inclusive, que a peça era supostamente feita com pele de leão de verdade, o que não consegui confirmar. 

  • Na história original do livro, os lendários sapatos vermelhos de Dorothy eram, na verdade, prateados. A MGM optou por mudar a cor para um efeito mais contrastante nas filmagens em Technicolor. Além do modelo usado no filme, o figurinista Adrian criou diversas outras opções do sapato de rubi, incluindo uma em estilo árabe;

Totó, o fiel escudeiro de Dorothy, tornou-se um dos cães mais famosos do cinema. Ele, na verdade, era ela. A cachorrinha, da raça Cairn Terrier, se chamava Terry. Adotada ainda filhote, foi treinada por Carl Spitz. Ela já havia aparecido nas telas anteriormente nos filmes 'Pronto Para o Amor' (Ready for Love, 1934), com Ida Lupino, e 'Olhos Encantadores' (Bright Eyes, 1934), ao lado de Shirley Temple. Terry recebia o salário de US$ 125 por semana, sendo mais bem pago que alguns atores humanos do filme. Ela faleceu aos 11 anos, depois de ter feito diversos clássicos. Em 18 de junho de 2011, um memorial permanente para Terry foi inaugurado no cemitério Hollywood Forever, em Los Angeles, com direito a uma estátua. Terry teve uma biografia publicada em 2001, chamada 'Eu, Totó: A Autobiografia de Terry, o Cão que Era Totó', de Willard Carroll;


  • Em uma das cenas, a bruxa desaparecia em meio à labaredas, que foram feitas com fogo de verdade. Entretanto, devido a erros técnicos, Margaret Hamilton acabou sendo atingida pelas chamas, tendo queimaduras de segundo grau no rosto e de terceiro grau nas mãos. A atriz foi levada rapidamente para limpar a maquiagem, que era tóxica, para evitar que penetrasse nos ferimentos. Usando álcool isopropílico, a maquiagem foi retirada, causando uma dor lancinante à Hamilton. Ela demorou em torno de seis semanas para se recuperar e voltar para as filmagens;

  • A filha de Judy Garland, Liza Minnelli, foi casada com o filho de Jack Haley (o Homem de Lata), Jack Haley Jr., de 1974 a 1979;

  • Judy Garland e Margaret Hamilton se reencontraram publicamente em 1968, no programa 'The Merv Griffin Show'. Infelizmente, existem apenas algumas fotos e áudios sobreviventes. Garland faleceu poucos meses depois, em 1969.


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domingo, 8 de dezembro de 2024

Dicas de filmes de época leves e divertidos

Como uma boa amante de cinema antigo, não posso deixar de adorar produções de época. O objetivo dessa postagem é uma listinha rápida de filmes bem leves e divertidos, pra quando queremos apenas nos distrair. Se você também gosta desse estilo, confira abaixo algumas dicas:


Sra. Harris Vai a Paris (Mrs. Harris Goes to Paris, 2022)


Sinopse: Na década de 1950, a empregada doméstica viúva, Sra. Ada Harris (Lesley Manville) se apaixona por um vestido de alta costura da Dior. Ela decide que precisa desesperadamente ter um vestido igual e passa a fazer de tudo para economizar o dinheiro para comprá-lo. Depois de receber repentinamente uma pensão de viúva de guerra, ela viaja para Paris para fazê-lo. Ela se depara com uma exibição da coleção de 10 anos da Dior e faz amizade com André, o contador da Dior, e Natasha, uma modelo da Dior. No entanto, a diretora da Dior, Claudine, se ressente da intrusão de Ada no mundo exclusivo da alta costura.

Onde assistir: Prime Vídeo

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (The Guernsey Literary And Potato Peel Pie Society, 2018)


Sinopse: Juliet Ashton (Lily James) é uma escritora na Londres de 1946 que decide visitar Guernsey, uma das Ilhas do Canal invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, depois que ela recebe uma carta de um fazendeiro contando sobre como um clube do livro local foi fundado durante a guerra. Lá ela constrói profundos relacionamentos com os moradores da ilha e decide escrever um livro sobre as experiências deles na guerra.

Onde assistir: Netflix

Meia Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011)


Sinopse: Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

Onde assistir: Max

A Vida num só dia (Miss Pettigrew Lives for a Day, 2008)


Sinopse: Depois de ser demitida de seu emprego como babá, Miss Pettigrew (Frances McDormand) vai a uma agência de emprego, mas não encontra nenhuma vaga. Por acaso, ela descobre o número de Delysia Lafosse (Amy Adams), uma cantora americana procurando uma assistente, e se apresenta à casa dela. Esta jovem americana e superficial dorme com vários homens na tentativa de conseguir cantar em uma grande casa de shows. Durante 24h, Pettigrew segue Delysia e conhece um mundo de glamour e de sonhos, onde um grande amor a espera.

Pequenas Cartas Obscenas (Wicked Little Letters, 2023)


Sinopse: Em Pequenas Cartas Obscenas, é um longa baseado em uma história real que chega a ser mais estranha que a ficção. Em Littlehampton, uma cidade litorânea inglesa de 1920, moram a profundamente conservadora local Edith Swan (Olivia Colman) e a turbulenta migrante irlandesa Rose Gooding (Jessie Buckley), que são vizinhas. Elas e outros residentes do bairro começam a receber cartas perversas e obscenas que são, além de incomodativas, involuntariamente hilariantes. Sem precedentes, Rose é acusada é acusada de tal ato. As cartas anônimas provocam um alvoroço nacional e segue-se um julgamento em cima de Rose que corre o risco de perder a guarda de sua filha caso seja condenada. No entanto, quando as mulheres da cidade, lideradas pela policial Gladys Moss (Anjana Vasan), começam a investigar o crime elas mesmas, elas suspeitam que algo está errado e que Rose pode não ser a culpada, afinal.

Onde assistir: Max

Chocolate (Chocolat, 2000)


Sinopse: Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jovem mãe solteira, e sua filha de seis anos (Victorie Thivisol) resolvem se mudar para uma cidade rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates que funciona todos os dias da semana, bem em frente à igreja local, o que atrai a certeza da população de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos poucos Vianne consegue persuadir os moradores da cidade em que agora vive a desfrutar seus deliciosos produtos, transformando o ceticismo inicial em uma calorosa recepção.

Onde assistir: Mercado Play

Brooklyn (2015)


Sinopse: A jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.

O Primeiro Amor (Flipped, 2010)


Sinopse: Juli (Madeline Carroll) e Bryce (Callan McAuliffe) se conheceram aos sete anos de idade. Ela sempre admirou o menino, mas ele achava a vizinha meio estranha. Aos 13 tudo muda e ele começa a se apaixonar pela menina. Juntos, eles compartilharam diversas experiências amorosas, como o famoso primeiro beijo, que faz parte da vida de todo adolescente.

Onde assistir: Max




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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Zsa Zsa Gabor e o tapa que foi ouvido no mundo inteiro


Era 14 de junho de 1989, em Beverly Hills, Califórnia. Apenas mais um dia de trabalho para o guarda rodoviário Paul Kramer. Entretanto, uma certa agitação o aguardava quando decidiu parar um Rolls Royce com a placa vencida. Ao volante, uma glamourosa loira que, embora sem sua habilitação, encontrava-se acompanhada por uma garrafa aberta de Jack Daniel's. Após aguardar algum tempo a averiguação de outras violações, já aborrecida, a mulher decidiu simplesmente ir embora. Uma pequena perseguição acontece até que Kramer consiga detê-la novamente. Ele ordena que a motorista saia do carro. Ela obedece mas não sem antes deixar suas mãos marcadas no rosto do policial. A bofetada ganhou as manchetes de todo o país, recebendo a honrosa distinção de 'o tapa que foi ouvido no mundo inteiro'. A agressora, afinal de contas, era ninguém menos que Zsa Zsa Gabor. 


Famosa por ser famosa


Nascida na cidade de Budapeste em 6 de fevereiro de 1917, Zsa Zsa Gabor foi a segunda colocada do Miss Hungria de 1933. Após um período nos palcos da Europa, mudou-se para os EUA em 1941, onde se casou pela segunda vez, com o milionário Conrad Hilton. No cinema, atuou em filmes como 'Moulin Rouge' (1952), 'O Amor Nasceu em Paris' (Lovely to Look At, 1952) e 'Lili' (1953). Embora tenha tido um sucesso moderado como atriz, ela acabou ficando mais conhecida como uma socialite. Sua extravagante personalidade e a agitada vida pessoal, incluindo seus nove casamentos, a mantinham com frequência na mídia. Em suas próprias palavras, ela era 'famosa por ser famosa'.

O julgamento

Encenação do tapa no tribunal

O julgamento ocorreu em outubro de 1989 e foi definido por alguns como um verdadeiro circo. Outros disseram que Gabor estava interpretando seu melhor papel: o dela mesma. A atriz justificou as acusações de agressão dizendo que o policial a tratou rudemente e a retirou do veículo com truculência. Ela também acusou a promotoria de adulterar provas, alegando que até na Hungria nazista existia mais justiça.

Em contrapartida, o juiz considerou que Zsa Zsa zombou a maior parte do tempo da justiça americana e que estava utilizando o caso para se autopromover e voltar para a mídia. Ao final, ela foi condenada a cumprir três dias de prisão, pagar multas e retribuições totalizando US$ 12.937, realizar 120 horas de serviço comunitário e passar por uma avaliação psiquiátrica, sendo absolvida da acusação de desobedecer a um policial. Em junho de 1990, ela optou por retirar o recurso e cumpriu os três dias de prisão, de 27 a 30 de julho de 1990. 

Na cultura popular



Apesar do aparente desfecho negativo, ela levou a situação com bastante humor. Antes de ser presa, disse que seria ótimo ter mais tempo livre e que poderia até aproveitar para escrever um livro em sua cela. Além das diversas entrevistas concedidas, a atriz parodiou a si mesma na comédia 'Corra que a Polícia Vem Aí 2½' (The Naked Gun 2½: The Smell of Fear, 1991).


Até mesmo seu carro ficou eternizado na cultura popular. O Rolls Royce Corniche conversível 1979 voltou à fama em uma exposição no Volo Auto Museum, em Chicago.
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sexta-feira, 3 de maio de 2024

10 filmes com Madonna

 


Madonna é uma das cantoras mais aclamadas e originais da indústria musical. Seu impacto cultural, principalmente na década de 80, lhe rendeu a alcunha de Rainha do Pop. Ao longo dos anos, seja com figurinos, videoclipes ou letras de canções, ela sempre demonstrou sua devoção à outra forma de arte: o cinema.


O glamour da Hollywood antiga e as atrizes clássicas sempre foram uma referência para ela, que já homenageou diversas divas como Audrey Hepburn, Marlene Dietrich e, claro, Marilyn Monroe. Ela também é fã de Carole Lombard e Judy Holliday e já declarou ter visto muitas comédias da década de 30. Não demorou muito para que ela tentasse também uma carreira nas telonas, seguindo os passos de suas musas. Com sua atuação geralmente na mira dos críticos, seu sucesso no cinema foi bem mais contido do que em sua carreira musical. Mas, ainda assim, vale matar a curiosidade e conferir alguns de seus filmes mais conhecidos:



01 - Procura-se Susan Desesperadamente (Desperately Seeking Susan, 1985)



Em Nova York Roberta Glass (Rosanna Arquette), uma dona de casa entediada, suspeita, que Gary Glass (Mark Blum), seu marido que é um vendedor de banheiras, a está enganando. Ansiando por um romance, Roberta começa a seguir mensagens colocadas nos classificados em que um casal, Susan (Madonna) e Jim (Robert Joy), usam para se localizar quando viajam pelo país. Paralelamente alguém que Susan tinha se envolvido em Atlantic City foi jogado pela janela, quando Susan já o tinha deixado para ir a Nova York se encontrar com Jim. Chegando ao próximo encontro de Susan, Roberta desenvolve uma fascinação pelo jeito extremamente liberal dela e acaba comprando em um brechó uma jaqueta que Susan tinha trocado por botas. Pretendendo se apresentar no encontro seguinte, Roberta bate com a cabeça em um poste quando tentava escapar do assédio ameaçador de Wayne Nolan (Will Patton), que a confunde com Susan. Wayne está tentando localizá-la por causa de um valioso roubo de brincos, enquanto que a verdadeira Susan era presa por não pagar o taxi. Como Jim não pôde ir ao encontro de Susan pede que Dez (Aidan Quinn), um amigo, vá em seu lugar. Como ele não conhece Susan e sua referência é apenas o casaco, Dez também pensa que Roberta é Susan. Ao se recuperar da pancada Roberta desenvolve uma amnésia e a evidência circunstancial, a jaqueta, a convence de que ela é Susan. Dez tenta ajudar "Susan" e os dois se apaixonam, mas a vida dele se torna uma sucessão de problemas. Paralelamente Gary e Susan se conhecem e tentam desvendar o que está acontecendo, mas as informações chegam truncadas de tal forma que se suspeita que Roberta tenha uma vida secreta, na qual seria uma pessoa bem diferente.

02 - Surpresa de Shanghai (Shanghai Surprise, 1986)


Em 1938, quando Shanghai é ocupada pelos japoneses, o traficante Walter Faraday (Paul Freeman) aparentemente é morto pela polícia ao tentar deixar a cidade com 500 kg de ópio. Um ano depois a misteriosa americana Gloria Tatlock (Madonna) chega a Shanghai à procura deste ópio, conhecido como "as flores de Faraday", com o objetivo de usá-lo para aliviar a dor de soldados feridos na guerra. Oferecendo uma passagem de volta aos Estados Unidos como pagamento, ela consegue a ajuda de Glendon Wasey (Sean Penn), um rude e esperto comerciante, para atingir seu objetivo.

03 - Quem é Essa Garota? (Who's That Girl ?, 1987)


Nikki Finn (Madonna) é uma jovem acusada de ter participado de um crime com o qual nada teve a ver. Tentando provar sua inocência, ela pede ajuda ao advogado Louden Trott (Griffin Dunne), um cara com fama de certinho que agora precisa lidar com esta garota um tanto quanto amalucada.

04 - Doce Inocência (Bloodhounds of Broadway, 1989)


Doce Inocência é um filme de comédia dramática e romance baseado em quatro contos de Damon Runyon e ambientado na década de 1920. A história acompanha um grupo de artistas, dançarinos e jogadores em uma reunião para comemorar o fim de ano, seguindo o ponto de vista de Feet Samuels (Randy Quaid) - um homem viciado em apostas. Apaixonado pela dançarina Hortense Hathaway (Madonna), ele está decidido a cometer suicidio ao fim da noite para se livrar da frustração do amor não correspondido. Porém, a sorte parece estar a favor de Feet, e seus planos logo mudam.

05 - Dick Tracy (1990)


Tess Trueheart (Glenne Headly) quer apenas ter uma vida tranqüila com seu namorado, Dick Tracy (Warren Beatty), um detetive da polícia. Mas há alguém na cidade bem vil que pode atrapalhar os sonhos dela. Este alguém é Big Boy Caprice (Al Pacino), um gângster que decidiu fazer uma guerra pelo domínio da cidade e comandar todos os bandidos. Além disto há uma bela cantora de boate, Breathless Mahoney (Madonna), que é praticamente irresistível e deseja Tracy só para ela.

06 - Uma Equipe Muito Especial (A League of Their Own, 1992)


Willamette, Oregon, 1943. Dottie Henson (Geena Davis) e Kit Keller (Lori Petty) são duas irmãs que trabalham numa fazenda da região e se amam muito, mas há uma rivalidade entre elas quando o assunto é baseball. Onde elas moram existem times amadores femininos, onde talvez sempre ficassem no anonimato caso os jogadores profissionais não fossem convocados para lutar na 2ª Guerra Mundial. Os donos das grandes equipes se reúnemm para tentar resolver esta situação e um dos "caciques" do baseball, Walter Harvey (Garry Marshall), um magnata da indústria de chocolate, tem um jovem gênio da publicidade, Ira Lowenstein (David Strathairn), trabalhando para ele. Lowenstein teve a idéia de criar uma liga feminina de baseball. Vários observadores são mandados para selecionar as possíveis jogadoras da liga e um deles, Ernie Capadino (Jon Lovitz), viu Dottie jogar. Ernie fica interessado em levá-la para ser testada em Chicago, mas Dottie não fica entusiasmada com a idéia. Kit, por sua vez, adorou a oportunidade de sair daquele pequeno lugar, mas Ernie não estava interessado nela. Ernie propõe a Kit que, se ela convencesse Dottie em fazer o teste, Kit também seria testada. Durante a viagem eles conhecem Marla Hooch (Megan Cavanagh), que é uma grande rebatedora mas não é bonita. Ernie ia recusá-la, já que havia a idéia de só contratar belas mulheres, mas Dottie e Kit se recusaram em seguir viagem se Marla não fosse com eles. As três acabam sendo aprovadas para jogar pelo Rockford Peaches, o time de Harvey. O time terá Jimmy Dugan (Tom Hanks) como técnico, uma lenda do baseball do passado que se tornou alcoólatra e só conseguiu este emprego pois Harvey queria um grande jogador de baseball como técnico. Na prática Jimmy nada fazia além de dar um aceno com o boné para os torcedores, pois durante o jogo ele dormia, já que estava sempre embriagado. Quem arrumava o time na verdade era Dottie. Quando Jimmy vê que era ela quem comandava o time, alega que esta função era dele. Ela então diz para que ele se comporte como um técnico e não como um bêbado. Deste momento em diante ele se torna responsável, mas então surge um outro problema: querem acabar com a liga, pois não está tendo a rentabilidade que era esperada.

07 - Olhos de Serpente (Dangerous Game, 1992)


Mesmo sendo um experiente diretor, Ediie Israel (Harvey Keitel) não estava nenhum pouco preparado para o que iria ocorrer no set de seu novo projeto. Comandando uma produção sobre um casamento abusivo, o cineasta consegue atuações incrivelmente verdadeiras de seus atores. Assim, não demora para que a violência do roteiro deixe o set para se transpor à vida real.

08 - Corpo em Evidência (Body of Evidence, 1993)


Andrew Marsh (Michael Forest) é um milionário que foi encontrado morto na cama, aparentemente assassinado devido à presença de vestígios de cocaína em seu sangue. A principal suspeita é Rebecca Carlson (Madonna), sua namorada, que é bem mais nova que ele e é a principal beneficiada no testamento. Antes mesmo de ser chamada pela polícia, Rebecca resolve contratar Frank Dulaney (Willem Dafoe) como seu advogado. Ao conhecê-la melhor Frank passa a descofiar que o estilo sexual agressivo de sua cliente possa ter causado a morte de Andrew.

09 - Evita (1996)


Em 1952, em um pequeno cinema da Argentina, a projeção é interrompida para comunicar o falecimento da líder espiritual do país, Eva Perón (Madonna). A partir deste momento é narrado em flashback como a filha bastarda de um agricultor de um pequeno povoado é barrada no funeral do seu pai e como ela, freqüentando as rodas certas com as pessoas certas, acaba se tornando rapidamente a primeira-dama do seu país.

10 - Sobrou Pra Você (The Next Best Thing, 2000)


Abbie e Robert são amigos com muita coisa em comum: jovens, têm uma visão não-convencional da vida, inteligentes, impulsivos e um terrível azar no amor. Eles fariam um par perfeito, se não houvesse um problema: Robert é gay. Um dia, porém, quando muitos coquetéis e martinis os levam a um novo nível de intimidade, eles se transformam em pais. Um novo mundo então se abre para ambos e também para Sam, seu filho, que decidem criar como se fossem uma família comum.
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Atores e atrizes que mudaram radicalmente sua 'persona' cinematográfica

Embora o cinema seja uma arte, ele também é sinônimo de lucros e negócios. O 'Star system' (sistema de estrelas) era extremamente comum em Hollywood, consistindo em longos contratos com atores (as), onde os estúdios controlavam toda a sua carreira. Isso incluia trabalhos, treinamentos, publicidade e também a imagem. Como 'persona' podemos entender um 'personagem fictício', uma imagem representativa para o público. Com isso, eram criados estereótipos, que muitas vezes limitavam o talento e as escolhas artísticas dos atores. Entretanto, era algo muito lucrativo para os estúdios, que podiam lançar diversos filmes e vender repetidamente as imagens que mais agradássem a audiência. Abaixo, alguns exemplos de atores e atrizes que passaram por mudanças destas personas em suas carreiras:

*Obviamente, todos os citados fizeram diferentes filmes. A postagem é sobre uma imagem 'geral'.

Marilyn Monroe - Femme fatale x Loira burra


No início de sua carreira, Marilyn Monroe fez uma série de participações em diferentes filmes até conseguir seu lugar ao sol. Conforme seus papéis foram melhorando, houve um breve esboço de 'mulher fatal' em suas personagens. Podemos pegar como exemplo filmes como 'O Segredo das Jóias' (The Asphalt Jungle, 1950), 'Almas Desesperadas' (Don't Bother to Knock, 1952) e, principalmente, 'Torrente de Paixão' (Niagara, 1953). Neste último, a atriz ganhou bastante atenção do público. Com isso, seu visual de cabelos platinados e curtos, batom vermelho e sobrancelhas arqueadas tornou-se definitivo.


Com o estrondoso sucesso de 'Os Homens Preferem as Loiras' (Gentlemen Prefer Blondes, 1953), a 20th Century Fox viu que tinha uma mina de ouro em suas mãos. Assim, Marilyn passou a interpretar uma série de personagens no estilo 'sexy e inocente', que a consolidou como uma das atrizes mais famosas de Hollywood. Alguns de seus trabalhos mais conhecidos são 'Como Agarrar Um Milionário' (How to Marry a Millionaire, 1953), 'O Pecado Mora ao Lado' (The Seven Year Itch, 1955) e 'Quanto Mais Quente Melhor' (Some Like It Hot, 1959). Percebendo o potencial de Monroe nas bilheterias, surgiram atrizes como Jayne Mansfield, Diana Dors e Mamie Van Doren. Apesar da fama, Monroe odiava o estereótipo de 'loira burra' que passou a lhe acompanhar.

Dick Powell - Astro de musicais x Protagonista 'durão'


Com talento vocal e presença de palco aliados ao jeito de bom moço, Dick Powell tornou-se um dos nomes mais frequentes dos musicais na década de 30. Filmes como 'Cavadoras de Ouro' (Gold Diggers of 1933), 'Rua 42' (42nd Street, 1933) e 'Mulheres e Música' (Dames, 1934) o tornaram um astro do gênero, atuando frequentemente ao lado de Ruby Keeler e Joan Blondell, que foi sua esposa de 1936 até 1944.


Com a chegada dos anos 40, Powell começou a se sentir muito velho para seus antigos personagens, testando sua sorte em papéis mais dramáticos. Com o êxito de 'Até a Vista, Querida' (Murder, My Sweet, 1944), o ator conseguiu revigorar sua carreira, protagonizando clássicos noir como 'Johnny O'Clock' (1947) e 'Caminho da Tentação' (Pitfall, 1948). Posteriormente, passou também a ser diretor de cinema.

Myrna Loy - Mulher exótica x Dona de casa americana


Myrna Loy começou sua carreira ainda no cinema mudo, passando com sucesso para a era do som. Entretanto, em seus primeiros anos como atriz, ela não era exatamente uma estrela. Interpretando frequentemente as chamadas 'mulheres exóticas', ela era escalada para as mais diversas etnias. Não era raro vê-la como personagens asiáticas ou do leste europeu. As vilãs ou apenas antagonistas também eram comuns em sua filmografia. Alguns exemplos são longas como 'A Guarda Negra' (The Black Watch, 1929), 'A Máscara de Fu Manchu' (The Mask of Fu Manchu, 1932) e'Treze Mulheres' (Thirteen Women, 1932).


Apesar de nem sempre ter bons papéis, Myrna era presença constante nos filmes da época, aparecendo em no mínimo sete produções por ano. Sua popularidade aumentou consideravelmente após ser apontada como a atriz favorita do lendário ladrão de bancos John Dillinger, que foi morto saindo do cinema, após assistir 'Vencidos Pela Lei' (Manhattan Melodrama, 1934). O grande ápice da mudança de persona em sua carreira foi a personagem Nora Charles, em 'A Ceia dos Acusados' (The Thin Man, 1934). O longa, que mistura comédia e suspense, fez com que suas habilidades como atriz fossem reconhecidas por público e crítica, fazendo um enorme sucesso e tendo uma série de continuações. A parceria ao lado de William Powell também se repetiria diversas vezes, eternizando-os como uma das grandes duplas do cinema. Eleita 'Rainha de Hollywood' na década de 30, fez clássicos como 'Ciúmes' (Wife vs. Secretary, 1936), 'Os Melhores Anos de Nossas Vidas' (The Best Years of Our Lives, 1946) e 'Lar, Meu Tormento' (Mr. Blandings Builds His Dream House, 1948).

Vincent Price - Coadjuvante de luxo x Rei do terror


Vincent Price já flertava com o terror desde seus primeiros papéis, quando atuou em filmes como 'A Torre de Londes' (Tower of London, 1939) e 'A Volta do Homem Invisível' (The Invisible Man Returns, 1940). Apesar disso, de maneira geral, sua carreira durante a década de 40 se manteve estável com personagens de destaque em clássicos como 'A Canção de Bernadette' (The Song of Bernadette, 1943), 'Laura' (1944) e 'Amar Foi Minha Ruína' (Leave Her to Heaven, 1945).


Nas décadas seguintes até o final de sua vida, o ator continuou atuando em longas dos mais diversos gêneros, como 'Champanhe para César' (Champagne for Caesar, 1950), 'Os Dez Mandamentos' (The Ten Commandments, 1956) e 'As Baleias de Agosto' (The Whales of August, 1987). Mas, em uma espécie de carreira paralela, foi nos filmes de terror que Price encontrou seu verdadeiro lugar como protagonista. Neste período, destaca-se sua lendária parceria com o diretor Roger Corman e as diversas adaptações das obras de Edgar Allan Poe. As produções de baixo orçamento, ligeiramente trash, o estabeleceram como um dos reis do horror, em filme como 'Museu de Cera' (House of Wax, 1953), 'A Casa dos Maus Espíritos' (House on Haunted Hill, 1959) e 'O Corvo' (The Raven, 1963). 

Joan Bennett - Loira ingênua x Femme fatale x Dona de casa americana


Os cabelos loiros e as feições delicadas davam uma imagem inocente à jovem Joan Bennett, que começou a atuar ainda no cinema mudo. Durante os anos 30, mantendo sua posição de mocinha, ela esteve em clássicos como 'Bulldog Drummond' (1929), 'Eu e Minha Pequena' (Me and My Gal, 1932) e 'As Quatro Irmãs' (Little Women, 1933).


Apesar de já ser uma estrela de sucesso, foi na década de 40 o auge de sua carreira. Com os cabelos escuros e penteados glamourosamente, ela transformou-se em uma das femme fatales mais importantes dos filmes noir, protagonizando clássicos como 'Um Retrato de Mulher' (The Woman in the Window, 1944), 'Almas Perversas' (Scarlet Street, 1945) e 'O Segredo da Porta Fechada' (Secret Beyond the Door, 1947).


Em 1951, a atriz foi envolvida em um escândalo, quando seu marido Walter Wanger atirou em seu agente, Jennings Lang, acreditando que os dois estavam tendo um caso. Lang foi socorrido e sobreviveu. Alegando insanidade temporária, Wanger foi solto sob fiança. O romance extraconjugal foi negado por ambos, que afirmaram estar em um encontro de negócios, sobre um projeto na televisão. Apesar de tudo ter sido esclarecido, a carreira de Joan sofreu um grande abalo. Com dificuldades para bons papéis, ela precisou se reinventar novamente, com personagens menores, geralmente de esposas e donas de casa. Ela apareceu em longas como 'O Pai da Noiva' (Father of the Bride, 1950) e sua continuação, 'Netinho do Papai' (Father's Little Dividend, 1951) e 'Não Somos Anjos', também conhecido como 'Veneno de Cobra' (We're No Angels, 1955). Nos anos seguintes, Bennett se dedicou ao teatro e continuou aceitando convites para o cinema.

Olivia de Havilland - Mocinha ingênua x Lei De Havilland


Na década de 30, Olivia De Havilland era a personificação do termo 'mocinha', atribuído às heroínas de filmes. Sua beleza delicada e seus modos elegantes a tornaram perfeita para papéis de jovens românticas. A química com o astro Errol Flynn rendeu uma parceria de sucesso nas telas, geralmente em filmes de aventura ou faroestes. A atriz também apareceu em filmes como 'Adversidade' (Anthony Adverse, 1936), 'Uma Loira Com Açucar' (The Strawberry Blonde, 1941) e 'A Porta de Ouro' (Hold Back the Dawn, 1941). Seu papel de maior destaque foi como a doce Melanie no clássico 'E o Vento Levou' (Gone With the Wind, 1939).


Apesar de ser protagonista na maior parte de seus trabalhos, Olivia estava cansada do estereótipo de boa moça e da falta de profundidade de suas personagens. Sob contrato com a Warner, ela recusou diversos projetos, que a levaram a ser suspensa pelo estúdio. Ao final de seu contrato de sete anos, o estúdio acrescentou seis meses que deveriam ser cumpridos por Olivia, pelo período em que ela esteve suspensa. Aconselhada por seu advogado, ela decidiu processar a Warner em 1943. Em um movimento inédito e inesperado, a justiça concedeu a vitória para Olivia, reduzindo o poder dos estúdios sobre os atores e sendo nomeada como 'Lei De Havilland'. Embora tenha sido inicialmente boicotada, ela voltou a trabalhar, finalmente interpretando diferentes personagens. Vencendo duas vezes o Oscar de Melhor Atriz, pelos longas 'Só Resta Uma Lágrima' (Só Resta uma Lágrima (To Each His Own, 1946) e 'Tarde Demais' (The Heiress, 1949), ela também atuou em filmes como 'Espelho d'Alma' (The Dark Mirror, 1946), 'A Cova da Serpente' (The Snake Pit, 1948), e 'Com a Maldade na Alma' (Hush...Hush, Sweet Charlotte, 1964).

Peter Lorre - Protagonista excêntrico x Coadjuvante de luxo


Peter Lorre ganhou fama mundial ao interpretar um psicopata no filme alemão 'M, O Vampiro de Dusseldorf' (M - Eine Stadt sucht einen Mörder, 1931). Apesar de sua atuação excepcional, Lorre estava longe de ter a aparência esperada para um protagonista romântico. Assim, sua carreira se desenvolveu, principalmente, com papéis de anti-heróis, como 'O Homem Que Sabia Demais' (The Man Who Knew Too Much, 1934), 'Crime e Castigo' (Crime and Punishment, 1935) e 'Dr. Gogol - O Médico Louco' (Mad Love, 1935). O ator também fez bastante sucesso com 'O Misterioso Mr. Moto' (Think Fast, Mr. Moto, 1937), onde interpreta um detetive japonês, que gerou uma série com sete continuações. Embora tenha protagonizado filmes de baixo orçamento como 'O Homem dos Olhos Esbugalhados (Stranger on the Third Floor, 1940), um vislumbre de declínio começava a se desenhar.


Em 1941, sua carreira adquiriu um novo fôlego, agora em uma posição de coadjuvante, porém em grandes clássicos, como 'O Falcão Maltês' ou 'Relíquia Macabra' (The Maltese Falcon, 1941), 'Casablanca' (1942) e 'Este Mundo é um Hospício' (Arsenic and Old Lace, 1944). O ator apareceu em diversas produções no cinema e na televisão durante os anos 40 e 50. Em seus últimos anos, ele se juntou a nomes como Vincent Price e Boris Karloff,, tornando-se um dos mestres do terror na década de 60, em longas como 'Muralhas do Pavor' (Tales of Terror, 1962) e 'O Corvo' (The Raven, 1963).

Dorothy Malone - Boa moça x Loira fatal


Dorothy Malone começou a atuar nos anos 40. Embora tenha chamado a atenção em sua breve participação em 'À Beira do Abismo' (The Big Sleep, 1946), a jovem atriz era constantemente escalada em faroestes. Apesar de alguns papéis principais, suas personagens eram muitas vezes apenas o interesse amoroso do protagonista. Com olhos marcantes e cabelos escuros, sua aparência de boa moça limitava sua personalidade nas telas. Segiram-se filmes como 'Golpe de Misericórdia' (Colorado Territory, 1949), 'O Tesouro do Bandoleiro' (The Nevadan, 1950) e 'Morrendo de Medo' (Scared Stiff, 1953).


Os cabelos loiros deram a Dorothy uma personalidade sensual e ousada, que permitiu que ela mostrasse todo o seu potencial no drama 'Palavras ao Vento' (Written on the Wind, 1956). Embora fosse uma personagem secundária, a atriz roubou a cena e garantiu seu Oscar de coadjuvante. Sua nova aparência e a estatueta em sua estante ajudaram a torná-la uma estrela, podendo brilhar em diferentes gêneros. Ela esteve em clássicos como 'Almas Maculadas' (The Tarnished Angels, 1957) e 'O Homem das Mil Caras' (Man of a Thousand Faces, 1957). Ela também protagonizou a série de televisão 'Peyton Place', de 1964 até 1968.



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